Região do Cerrado Mineiro movimenta mais de R$ 1 milhão no 13º Prêmio e amplia projeção internacional dos cafés de origem controlada
O 13º Prêmio Região do Cerrado Mineiro encerrou a edição 2025 com um resultado financeiro histórico, movimentando R$ 1.035.429,00 nas modalidades Leilão Solidário, Leilão On-line e Reserva para Mercado Interno. O montante inclui também os lotes premiados da nova categoria Doce Cerrado Mineiro, reforçando a valorização da Denominação de Origem e ampliando sua presença no cenário global de cafés de origem controlada.
O Leilão Solidário, realizado presencialmente em 19 de novembro, respondeu por R$ 562 mil do total arrecadado e estabeleceu o maior valor já pago por uma saca de café no Brasil: R$ 200 mil, pelo café cereja descascado do produtor Eduardo Pinheiro Campos, da Fazenda Dona Nenem. No Leilão On-line, realizado nos dias 3 e 4 de dezembro, a saca mais valorizada — também produzida por Eduardo Pinheiro Campos — alcançou cerca de R$ 10 mil, demonstrando consistência e reconhecimento contínuo da qualidade dos cafés premiados.
Modelo ampliado de comercialização
A edição registrou uma ampla diversidade de compradores, tanto no mercado interno quanto no externo. Participaram empresas da Ásia, Europa, Estados Unidos e Mercosul, além de torrefações e cafeterias brasileiras reconhecidas no mercado de cafés especiais. No total, o Leilão Solidário contou com oito compradores, o Leilão On-line reuniu onze compradores, e outros nove adquiriram cafés na modalidade de reserva exclusiva para o mercado interno. Em território nacional, o prêmio alcançou compradores em Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Brasília e Mato Grosso, reforçando a expansão do consumo de cafés especiais no Brasil.
Entre os compradores internacionais, destacaram-se a Casa Brasil (Estados Unidos), a Expocacer UK (Europa), a Cerrad Coffee (Japão) e a Pickers Coffee (Chile), ampliando a presença global dos cafés da Denominação de Origem Cerrado Mineiro.
Os nove lotes campeões das categorias Natural, Cereja Descascado e Fermentado, vencedores do prêmio, foram disponibilizados nas três modalidades de comercialização. Já a categoria Doce Cerrado Mineiro, estreante nesta edição e criada para celebrar o perfil sensorial mais marcante da região — com notas de chocolate, caramelo, amêndoas e acidez cítrica — teve seus cafés, selecionados como os melhores de cada cooperativa, adquiridos por seis cafeterias e torrefações, em lotes exclusivos de 20 sacas cada, compondo o montante total movimentado.
A edição também registrou recorde absoluto de participação, com 714 amostras enviadas por 381 cafeicultores, consolidando o maior número de inscritos da história do concurso. Outro marco foi a adoção do Coffee Value Assessment (CVA), novo protocolo da Specialty Coffee Association (SCA), tornando o Prêmio Região do Cerrado Mineiro o primeiro concurso do mundo a utilizar oficialmente a metodologia, o que agregou mais precisão e transparência às avaliações sensoriais.
Segundo Juliano Tarabal, diretor executivo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, os resultados demonstram a força crescente da origem. “Esta edição mostra a maturidade e a credibilidade da nossa Denominação de Origem. O desempenho financeiro, o perfil diversificado dos compradores e a presença internacional reforçam o posicionamento do Cerrado Mineiro como referência global em qualidade, rastreabilidade e governança. Estamos conectando nossos produtores a mercados cada vez mais exigentes e diversificados”, afirma.
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