Chuva no Sudeste brasileiro derruba café em NY
A recente desvalorização dos preços é atribuída à melhora nas condições climáticas no Brasil. O longo período de seca abriu espaço para as chuvas que chegaram às principais regiões produtoras do país na semana passada e já estão garantindo a formação das primeiras floradas. Além disso, o pico da entressafra mundial ficou para trás e os cafés da América Central já começam a chegar no mercado.
"Acredito que ainda exista espaço para quedas. Se o mercado continuar caindo e for abaixo de US$ 1,70 pode haver um novo movimento de vendas mantendo as cotações em uma faixa entre US$ 1,60 e US$ 1,65 por libra-peso", afirma Rodrigo Costa, analista da Newedge em Nova York.
Mesmo com a queda acumulada nos últimos dias, os fundamentos para o mercado do café ainda são fortes o suficiente para justificar uma valorização de 26,7% em 2010. No acumulado dos últimos 12 meses, os preços em Nova York têm alta de 31,4%, entre outros fatores porque a demanda por café no mundo cresce acima da produção global.
Um exemplo é o próprio Brasil. No ciclo 2010/11, que acabou de ser colhida, foram produzidas, segundo a (Conab), 47,04 milhões de sacas, para atender a um consumo interno de quase 20 milhões e exportações superiores a 27 milhões de sacas. Para 2011/12, a demanda pelo café brasileiro tende a crescer, mas a oferta pode cair de 15% a 20% devido ao ciclo de baixa da bienalidade da cultura.