Após recorde, exportação de café do Brasil cairá em 2011-Cecafé

Publicado em 11/01/2011 06:19

O Brasil exportou em 2010 um volume recorde de café de 33 milhões de sacas de 60 kg, mas os embarques deverão cair em 2011, devido à safra menor do arábica esperada para este ano, informou nesta segunda-feira o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil).

Em 2010, o volume exportado teve um crescimento de 9 por cento ante o ano anterior, superando as estimativas iniciais do Cecafé, que eram de 31 milhões de sacas.

"Entre os fatores que contribuíram para este crescimento estão a redução da produção em países como a Colômbia, em função de fatores climáticos, o aumento do consumo e a elevação da demanda mundial", afirmou o diretor geral do Cecafé, Guilherme Braga, em comunicado.

Em dezembro, as exportações de café do Brasil somaram 3,4 milhões de sacas (incluindo solúvel), alta de 33 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior.

Já as exportações de café verde em dezembro atingiram um volume histórico de 3,118 milhões de sacas, marca que apagou o recorde mensal anterior, de outubro do ano passado, de 3,11 milhões de sacas.

Em valores, as exportações do ano passado também somaram um recorde de 5,66 bilhões de dólares, alta de 33 por cento ante 2009.

Para 2011, ano em que o Brasil produzirá menos em relação a 2010 por conta da bianualidade do arábica, as perspectivas são "animadoras" no que diz respeito a preços, afirmou o Cecafé, referindo-se às recentes máximas de mais de 13 anos na bolsa de Nova York.

Com a próxima safra oficialmente estimada em até 44,7 milhões de sacas, ante 48,1 milhões de sacas em 2010, os embarques totais cairiam para entre 29 e 30 milhões de sacas, previu o Cecafé.

Já em relação à receita para 2011, o Cecafé diz ser "possível apostar em algo entre 6 e 6,4 bilhões de dólares, em virtude da situação de firmeza de preços esperada para o ano".
 
MERCADOS

Conforme o levantamento do Cecafé, o café arábica responde por 86 por cento das vendas do país, enquanto o solúvel por 10 por cento, e o robusta por 4 por cento.

Por destinos, a Europa surge com 54 por cento de participação da importação do produto brasileiro, enquanto América do Norte responde por 22 por cento, a Ásia por 17 por cento e a América do Sul por 4 por cento.

Na avaliação por países, os Estados Unidos lideram, com a aquisição de 6,6 milhões de sacas, seguidos pela Alemanha, com 6,42 milhões de sacas, e pela Itália, com 2,78 milhões de sacas.

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Fonte:
Reuters

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