Café: Fundamentos do mercado físico continuam apontando para cima e devem dar sustentação às cotações

Publicado em 01/04/2011 17:57
As preocupações geradas pelos sérios problemas que vão se sobrepondo no cenário
internacional, interromperam neste mês de março a forte e contínua escalada dos preços das principais commodities agrícolas exportadas pelo Brasil. Os fundamentos do mercado físico continuam apontando para cima e devem dar sustentação às cotações, não deixando grandes espaços para queda, mesmo com a insegurança dos operadores em face dos acontecimentos no Oriente Médio, na Europa e no Japão.
As cotações do café também cederam, acompanhando o movimento generalizado, mas continuam
apresentando um forte saldo positivo em 2011. Os fundamentos do mercado cafeeiro são sólidos,
indicando que a desconfortável situação estatística deverá persistir por alguns anos.
O “Levantamento de Estoques Privados de Café do Brasil” divulgado no final da semana passada
pela CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento, e comentado por nós em nosso boletim anterior, informou os estoques privados brasileiros em 31 de março de 2010 e não de 2011, como indicamos em nossa análise. O grande atraso na divulgação deste número nos levou a supor que o levantamento se referia a março de 2011.
Refazendo os cálculos, adotando agora a data correta, 31 de março de 2010, quando, segundo a
CONAB, os estoques privados de café no Brasil eram de 8 943 988 sacas de 60 kg, a situação agora, em 31 de março deste ano, é ainda mais apertada, com estoques privados ao redor de quatro milhões de sacas.
Nossa longa experiência no mercado de café nos faz acreditar que os estoques privados brasileiros
estão perigosamente baixos, provavelmente os menores de nossa história, mas estão acima deste número.
Se só tivéssemos quatro milhões de sacas de estoques privados em 31 de março passado (ontem), a situação seria de pânico.
Tivemos recentemente leilões de estoques governamentais e a maior parte dos lotes postos a
venda não encontrou compradores. É um indicador de que a situação é de muito aperto, como admite grande parte dos operadores, mas não desesperadora.
Em nossa opinião a CONAB deveria fazer um novo levantamento dos estoques privados e frenteaos números apurados, estudar se existem falhas e onde.
Até o dia 30, os embarques de março estavam em 1.938.958 sacas de café arábica, 159.040 sacas de café conillon, somando 2.097.998 sacas de café verde, e 229.758 sacas de solúvel, contra 1.973.284 sacas no dia 28 de fevereiro. Até o dia 30, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em março totalizavam 3.133.187 sacas, contra 2.642.157 sacas no dia 28 do mês anterior.
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 25, sexta-feira, até o fechamento de hoje,
sexta-feira, dia 1, caiu nos contratos para entrega em maio próximo, 870 pontos ou US$ 11,50 (R$ 18,53) por saca. Em reais por saca, as cotações para entrega em maio próximo na ICE fecharam no dia 25 a R$ 589,09/saca e hoje, dia 1, a R$ 554,20/saca. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em maio, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 425 pontos. No mercado calmo de hoje, são as seguintes as cotações nominais por saca, para os cafés verdes, do tipo 6 para melhor, safra 2010/2011, condição porta de armazém:
R$560/580,00 - FINOS A EXTRAFINOS – MOGIANA E MINAS.
R$540/550,00 - BOA QUALIDADE – DUROS, BEM PREPARADOS.
R$480/530,00 - DUROS COM XÍCARAS MAIS FRACAS.
R$370/450,00 - RIADOS.
R$300/320,00 - RIO.
R$280/300,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: DURA.
R$260/270,00 - P.BATIDA P/O CONSUMO INT.: RIADAS.
Os cafés cereja descascado (CD) valem R$580,00/620,00 por saca.
DÓLAR COMERCIAL DE SEXTA-FEIRA: R$ 1,6120 PARA COMPRA.
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Fonte:
Escritório Carvalhaes

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