Preço do suíno reage após longo período de estabilidade, e anima produtor

Publicado em 23/11/2016 07:55

Suíno vivo: Após período de estabilidade, São Paulo e Minas Gerais sobem a referência

Por Larissa Albuquerque

O mercado de suíno independente fechou com alta em duas praças nesta terça-feira (22). São Paulo e Minas Gerais seguiram a tendência positiva do mercado, após, na segunda-feira o Rio Grande do Sul também apontar valorização.

Após longo período de estabilidade, a cotação da arroba suína em São Paulo rompeu a bairreira dos R$ 80. A Bolsa de Comercialização de Suínos do Estado "Mezo Wolters" define novas referências em R$ 80,00 a R$ 82,00/@ [equivalente entre R$ 4,27 a R$ 4,37/kg vivo], segundo divulgação da APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos).

Também em Minas Gerais, após 13 semanas de estabilidade, o acordo entre suinocultores e representantes dos frigoríficos estipulou a referência da semana em R$ 4,40/kg, uma valorização de R$ 0,20 em relação ao último fechamento.

“As negociações têm fluído bem e os produtores estão conseguindo comercializar toda a sua oferta. Esperamos que o mercado se tornasse aquecido nas próximas semanas, devido às festividades de final de ano", ressalta o presidente da ASEMG (Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais), Antonio Ferraz.

Na segunda (21), o mercado no Rio Grande do Sul seguiu a mesma tendência de alta. Segundo a pesquisa de preço da ACURS (Associação de Criadores de Suínos do Estado), após a alta de cinco centavos, o mercado trabalha com referência de R$ 3,95 na comercialização do animal vivo, mercado independente. Já na cotação agroindustrial a média do suíno é de R$ 2,96/kg.

Essas recuperações, ainda que tímidas, indicam melhora aos suinocultores que durante todo o ano trabalham com custos de produção altíssimos e baixa remuneração.

Boi Gordo: Mesmo com a proximidade do final do ano a demanda não evolui

Por Scot Consultoria

As variações de preços ocorrem de maneira pontual e para os dois lados. Das trinta e duas praças pesquisadas pela Scot Consultoria, ocorreram quedas em quatro e alta em duas para o mercado do boi gordo.

Alguns frigoríficos apresentam escalas alongadas em razão de um volume concentrado de boiadas originadas a termo.

Contudo, persiste a dificuldade em escoar a produção, mesmo com a proximidade do final do ano, quando normalmente ocorre incremento na venda da carne bovina. 

Estes fatores colaboram para tentativas de pagamentos menores.

Por outro lado, a pouca oferta de boiadas terminadas dificulta o alongamento das escalas e limita a pressão baixista. Esta situação é especificamente observada para os frigoríficos de menor porte.

Em São Paulo, são observadas ofertas de compra tanto R$1,00/@ acima, como abaixo da referência, que está em R$150,00/@, à vista. Já são onze dias de estabilidade.

Frango vivo: Cotações fecham estáveis nesta 3ª feira

Por Larissa Albuquerque

As cotações do frango vivo no mercado independente fecharam mais um dia sem alteração de referência, reforçando o cenário de dificuldade no escoamento da produção.

Em São Paulo a referência entrou na décima segunda semana de manutenção em R$ 3,10 o quilo. Já em Minas Gerais a cotação permanece em R$ 3,30/kg desde o final de agosto.

Para o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o motivo da estabilidade no preço “pode estar relacionada ao maior ingresso de volumes no mercado interno, tendo em vista que as exportações em outubro ficaram abaixo do esperado”, comenta.

No mercado atacadista as cotações também sofreram pressão nos últimos dias. Mas, "apesar do recuo na comparação semanal, o produto, no atacado, está custando 12,3% mais que em igual período do ano passado", ressalta a Consultoria.

Com a queda no poder aquisitivo da população, grande partes dos consumidores migraram para as proteínas de menor preço, porém, esse aumento do consumo no varejo não tem se refletido aos produtores de aves independentes.

Ainda no atacado, o acompanhamento de preço do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), apontou que, entre 10 e 17 de novembro, na Grande São Paulo, o resfriado teve pequena queda de 0,4%, para R$ 4,46/kg, enquanto o frango inteiro congelado se valorizou ligeiramente em 0,2%, para R$ 4,41/kg na semana.

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Fonte:
Notícias Agrícolas + Scot

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