Pouca movimentação no mercado de boi gordo e frango vivo

Publicado em 19/12/2016 07:05

Boi Gordo: Pouca movimentação no mercado, com pressão nos preços em São Paulo

Por Scot Consultoria

O cenário de escoamento lento de carne bovina e oferta curta de boiadas continua. Com as programações de abate, em geral, confortáveis, os frigoríficos pressionam o mercado em São Paulo. 

Houve ajuste negativo nas duas praças do estado, embora o cenário não seja de pressão de baixa expressiva. A disponibilidade de boiadas limita o movimento e algumas empresas, com escalas menores, ofertam um pouco mais.

As vendas de cortes de traseiro estão relativamente melhores, mas também sem demanda forte. Isto vai ao encontro da relação do consumo dos cortes de traseiro com a renda. Apesar da crise e desemprego, há algum acréscimo de dinheiro na praça com os décimos terceiros.

As exportações em ritmo mais lento são outro fator que diminui a demanda por dianteiros, cortes com grande importância no mercado externo. 

Para os próximos dias não são esperadas mudanças expressivas, tanto para a carne bovina, como para o boi gordo.

Suíno Vivo: Mercado tem nova semana de valorização em quase todas as praças de comercialização

Por Sandy Quintans

Nesta sexta-feira (16), os preços para o suíno vivo registraram estabilidade. Apesar disso, a semana encerra com valorização em praticamente todas as praças de comercialização, diante de um movimento de recuperação do mercado. Mesmo com a demanda abaixo das expectativas, a baixa oferta de animais e as exportações têm dado ritmo aos preços.

O analista da Safras & Mercado, Allan Maia, coloca que explica que a procura pela proteína está aquecida, apesar de frigoríficos relataram que está abaixo do esperado. “As exportações seguem em bom ritmo e serão essenciais para a formação dos preços da carne suína nos próximos meses”, ressalta.

O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) aponta que a recuperação continuou esta semana, não só nas granjas, mas também no atacado. “Segundo pesquisadores, os aumentos nos preços do vivo têm refletido a baixa oferta de animais bem como os reajustes da carne”, aponta o boletim.

Com isso, a semana foi de valorização em quase todas as praças, segundo aponta o levantamento semanal de preços realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes. A maior alta registrada ocorreu em Mato Grosso, que tem a referência em R$ 3,60 pelo quilo do vivo, após subir 4,96%.

No Rio Grande do Sul, a valorização foi de 2,44% na semana. Segundo aponta a pesquisa semanal de preços da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), a média paga aos independentes ficou em R$ 4,20/kg, com aumento de R$ 0,10. Já aos suinocultores integrados, a cotação média subiu para R$ 3,02 pelo quilo do vivo.

No estado catarinense, também foi registrada valorização de 2,44%. Segundo a ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), as cotações tiveram alta de R$ 0,10, cotado a R$ 4,20 pelo quilo do vivo. Apesar do momento de reajustes, o mercado estava há quase quatro semanas sem mudanças de preços, segundo explica o presidente da ACCS, Losivânio de Lorenzi. "Ainda não atingimos sequer o patamar do início do ano, quando o valor pago pela indústria era de R$ 3,20 pelo quilo do suíno vivo".

Em São Paulo, a alta foi de 2,37%, com negócios entre R$ 87 a R$ 89/@ – valor equivalente a R$ 4,64 a R$ 4,75 pelo quilo do vivo. A APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos) aponta que vendas importantes ocorreram no estado. Em Holambra (SP) foram comercializados 880 animais a R$ 89/@, enquanto que em Presidente Prudente (SP) foram 600 suínos ao mesmo valor.

Custos de Produção

Os custos de produção também tiveram melhora, segundo levantamento da Embrapa Suínos e Aves reportado na semana. O índice ICP/SuínoEmbrapa atingiu 223,21 pontos em novembro, anotando recuo de 2,85% na comparação com o mês anterior. Os dados de nutrição foram os que registraram maior queda no período, de 3,09%.

Porém, no ano os custos de produção acumulam alta de 10,05%, enquanto que nos últimos doze meses a valorização é de 8,97%. O cenário é reflexo da forte alta do milho no ano, devido à escassez do cereal no mercado interno influenciado pela alta do dólar – que favoreceu as exportações.

IBGE

Já o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que o abate de suínos atingiu o maior número desde o início da série histórica, em 1997. No terceiro trimestre do ano foram abatidos 10,57 milhões de cabeças, com alta de 1,38% no período anterior e valorização de 3,8% na comparação com 2015. São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso foram as regiões com maior participação.

Exportações

Os embarques registraram desempenho fraco no início de dezembro, segundo apontam as informações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Em 7 dias úteis, foram exportados 11,1 mil toneladas de carne suína in natura, com média diária de 1,6 mil toneladas.

Na comparação com o desempenho por dia de novembro, há um recuo de 45,8%, enquanto que em relação ao mesmo período do ano passado, a queda é de 7,5%. Em receita, os embarques atingem US$ 25,7 milhões, com valor por tonelada em US$ 2.323,6.

Frango Vivo: Mercado encerra com recuo de preços em SP, SC, RS e PR, contrariando expectativas de reação

Por Sandy Quintans

Nesta sexta-feira (16), o mercado de frango vivo encerra a semana com desvalorizações em grande parte das praças de comercialização. Apesar das expectativas de recuperação diante da demanda das festas de final de ano, o cenário acabou não se concretizando nesta primeira quinzena do mês. As exportações também registraram desempenho fraco.

O balanço semanal de preços realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, aponta que a maior queda registrada ocorreu no Paraná e em Santa Catarina. Os valores médios praticados nessas regiões cederam 3,33%, com referência de negócios a R$ 2,90 pelo quilo do vivo.

No Rio Grande do Sul, a cotação média cedeu 1,67% nos últimos sete dias, fechando a R$ 2,95 por quilo. Já em São Paulo, que também registrou na semana anterior, encerra com negócios em R$ 3,00 pelo quilo e queda de 1,64%. Minas Gerais permaneceu com preços estáveis em R$ 3,30/kg. Veja no gráfico:

Segundo informações do analista da Safras & Mercado, Allan Maia, o fraco desempenho frustrou as expectativas do mercado em registrar altas nesta quinzena. “O momento agora é de expectativa para ver se o preço consegue sustentação até o feriado de Natal”, disse.

Além dos recuos dos preços nas granjas, o cenário também observado no atacado. O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) explica que dentre as proteínas mais consumidas no país, a carne de frango é a única que está registrando desvalorizações neste período.

“Nessa época do ano o setor acaba tendo concorrência com outras carnes, como Chester e peru, agentes até esperavam certo desaquecimento no mercado de frango, mas muitos indicam que a redução na liquidez tem sido intensa”, apontam os pesquisadores do Centro.

A Scot Consultoria coloca que na semana, houve recuo de 1,63% no atacado na praça paulista, em que a carcaça está sendo comercializada em média a R$ 4,23 por quilo. Além disso, com a valorização do milho e das desvalorizações do frango no atacado e nas granjas, a relação de troca registrou piora. “Em Campinas (SP), o avicultor compra 4,74 quilos de milho com um quilo de ave, queda de 5,8% na semana”, explica o boletim.

Custos de produção

Nesta semana, a Embrapa Suínos e Aves divulgou os índices de custo de produção de novembro, que anotou recuo no período. No mês o índice ICPFrango/Embrapa anotou 210,82 pontos, caindo 0,48% na comparação com os dados de outubro.

Porém, no ano foi acumulada alta de 62,09%, enquanto que nos últimos doze meses a valorização é de 60,88 %. O cenário é reflexo da forte alta do milho no ano, devido à escassez do cereal no mercado interno influenciado pela alta do dólar – que favoreceu as exportações.

IBGE

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os dados de abates de frango referentes ao terceiro trimestre de 2016. No período, foram abatidas 1,47 bilhão de cabeças de frangos, registrando desempenho menor do que o ano passado e o trimestre anterior.

Em comparação ao segundo trimestre, os abates diminuíram 1,5%, enquanto que no mesmo período de 2015 a queda é de 2,1%. Os estados que mais tiveram participação foram Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Exportações

Os embarques têm registrado ritmo lento no início de dezembro para a carne de frango in natura, segundo aponta dados reportados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) nesta semana. Nas primeiras semanas do mês foram exportadas 103,8 mil toneladas.

A média diária é de 14,8 mil toneladas, o que representa acréscimo de 1,3% na comparação com novembro, mas recuo de 9,9% em relação ao mesmo período de 2015. Já em receita, a soma é de US$ 155,0 milhões, sendo o valor por tonelada em US$ 1.493,4.

Apesar disso, o cenário é favorável para as exportações de frango no ano. Segundo informações reportadas pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal). De janeiro a novembro, os embarques de carne de frango atingiram 4,022 milhões de toneladas, atingindo alta de 3% na comparação com 2015. Com isso, a entidade projeta que as exportações possam encerrar o ano com valorização de 2%.

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Notícias Agrícolas + Scot

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