Abipecs acredita em solução para embargo Russo
Já no mercado interno, suinocultores não integrados e proprietários de mini-integradoras dos três estados do Sul (Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul), se reuniram na tarde de ontem, 01 de junho, para debater uma série de providências visando a minimização das dificuldades que o setor suinícola está enfrentando nos últimos meses. A importância do encontro está representada pelo grupo de produtores presentes que juntos são responsáveis por ofertar no mercado mais 10 mil suínos por dia, ligados diretamente a mais de 6 mil famílias em 100 municípios da região Sul. Entre as medidas sugeridas está a redução de plantel, ou seja, uma diminuição de 10% das matrizes alojadas; a diminuição na oferta de suínos para abate, buscando com isso aumentar a demanda e equilibrar a balança comercial e o estabelecimento de um preço mínimo de comercialização nos estados, decretando que nenhum produtor irá vender abaixo do valor comercializado neste dia. A liberação de milho da Conab, em modalidade balcão a preço subsidiado (prêmio) para os suinocultores dos três estados do sul, que hoje está sendo vendido a R$ 28,00 na maioria das cidades da região Sul é outra reivindicação que os produtores estão buscando junto ao governo.
Segundo a Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS), o valor de comercialização do quilo do suíno nas principais cidades é de R$ 2,00. Valor semelhante aos preços praticados no Paraná, conforme dados da Associação Paranaense de Suinocultores (APS), que informou a cotação de R$ 2,05 pelo quilo do suíno. Já no Rio Grande do Sul, os preços estão um pouco acima, R$ 2,12.
Nos outros estados produtores de suínos, a semana também foi de queda nos valores de venda. Em Minas Gerais, o quilo do suíno está sendo comercializado a R$ 2,55, segundo informou a Associação de Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg) e em São Paulo, a queda nos valores de comercialização é ainda maior com o preço de venda a R$ 2,24 o quilo.
Declarações
“É necessária uma atuação massiva dos produtores para uma reação no mercado, há 4 semanas que os preços para suinocultor do sul vem caindo e não havia outra saída a não ser reter o animais na granja, com isso buscamos aumentar a demanda e equilibrar a balança comercial”
Mauro Gobbi, vice-presidente da Acsurs
“Nossa expectativa é que essa mobilização da região Sul traga resultados imediatos para o mercado, não só pelas ações dos produtores, mas também pela aproximação do período de inverno. Temos espaço para represar esses animais nas granjas e acredito que suinocultor conseguirá vender esse rebanho com preços melhores”.
Cleo Barbiero, conselheiro técnico da ABCS
“Estamos vendendo o suíno vivo abaixo do custo de produção e assim amargando prejuízos, no entanto não percebemos reflexos desta baixa no valor de venda da carne suína ao consumidor final. Precisamos nos mobilizar para a tomada de medidas que fomentem o mercado”
José Arnaldo Penna, vice-presidente da ASEMG e presidente da Bolsa de Suínos de Minas Gerais
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