Carne bovina no atacado tem aumento de 10% em Mato Grosso
Gerente comercial da Casa de Carne Mattozo, Diego Boss Mattozo, diz que entre junho e julho o consumo da carne bovina retrai. Queda está relacionada aos gastos com lazer, decorrente do período de férias e concentração de eventos, afetando poder de compra dos consumidores. “É um período de margem apertada, porque com estiagem e prejuízo para pastagens a qualidade da carne diminui, além da redução nas vendas. Então somos obrigados a fazer promoções”. Proprietário da Casa de Carnes Mar- tins Filho, Kemuel Martins, afirma que ainda não repassou reajuste ao consumidor. “Isso vai ser feito a partir da semana que vem".
De acordo com comerciantes, o preço médio dos cortes da carne de primeira variam entre R$ 12,99 e R$ 17,49, o quilo. Valor da carne de segunda oscila entre R$ 9,99 e R$ 11,99. Superintendente da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, lembra que mesmo durante períodos de desvalorização da arroba do boi, preços da carne não recuaram no varejo. “Pecuarista vendeu carne mais barata, mas não teve efeito no varejo. Esse benefício deveria ser repassado ao consumidor”.
Neste momento, acrescenta Vacari, valorização da arroba do boi não chegou a 10%. Alta na cotação do boi gordo é característica dessa época, lembra o superintendente, quando frigoríficos se deparam com dificuldade para encontrar animais prontos o abate. Representante do Sindicato das Indústrias Frigoríficas (Sindifrigo) não foi localizado para comentar situação.
Suinocultura - Carne suína acompanhou valorização esta semana, com a expectativa de suspensão do embargo russo à carne brasileira. Resultado, segundo comerciantes, foi reajuste médio de 35% em comparação com preços dos últimos 30 dias. Proprietário da Casa de Carnes Martins Filho revela que preço pago pelo quilo de carne suína no atacado chegou a R$ 4,70 esta semana. “Há um mês, após queda brusca, pagávamos R$ 3,50”.
Quanto ao preço da carne de aves, representantes do varejo afirmam que eles se mantêm.