Climatologia do Verão, segundo o INMET
Climatologicamente o verão é a estação do ano mais chuvosa nos estados de São Paulo, do Mato Grosso do Sul e na maior parte do Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. O aumento no volume de chuvas deve-se principalmente à presença de uma corrente de ar quente e úmido que tem origem na região Amazônica a qual, em combinação com a passagem de frentes frias, determina a ocorrência de episódios da chamada ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul – extensa faixa de nuvens de chuva que se estende da Amazônia, passa pelo Brasil Central e vai até a Região Sudeste), sistema responsável por provocar dias seguidos de tempo nublado, volumes consideráveis de chuva, por vezes persistentes, e que por consequência ameniza o calor. Também é bastante frequente a ocorrência das conhecidas “pancadas de chuva de verão”, predominantemente no período da tarde, em geral de curta duração, muitas vezes de forte intensidade e associadas às descargas elétricas e rajadas de vento. Algumas vezes, esses eventos podem ser acompanhados por queda de granizo, além de haver o risco ocasional de transbordamento de rios, alagamentos e deslizamentos de terra em áreas de encosta.
Em termos médios, as temperaturas são mais altas nesta estação do ano, principalmente as mínimas. No verão observa-se menor amplitude térmica diária (diferença entre a temperatura máxima e a temperatura mínima de um mesmo dia). Quando o sol se faz presente e eleva as temperaturas a sensação de abafamento é ainda maior nesta época do ano, devido ao elevado conteúdo de umidade no ar. Muitas vezes, a brisa marítima que sopra sobre o Estado de SP, traz a umidade do oceano e provoca condições de chuva mais forte ao encontrar o ar quente do continente, fenômeno conhecido como convergência dos ventos. O vento que muitas vezes começa a soprar de norte durante o dia, no período da tarde sopra de sudeste e concomitantemente com as chuvas, traz um alívio nas temperaturas, especialmente na faixa leste do estado paulista.
Tabela 1: Temperaturas mínimas e máximas médias para São Paulo (capital), SP (1943-2014, exceto dezembro/2014) e Campo Grande, MS (1961-2006).
Cidade / Mês |
DEZ |
JAN |
FEV |
MAR |
Temperatura°C |
MIN-MAX |
MIN-MAX |
MIN-MAX |
MIN-MAX |
São Paulo |
17,6 – 26,8 |
18,6 – 27,7 |
18,8 – 28,2 |
18,2 – 27,3 |
Campo Grande |
20,7 – 30,4 |
20,9 – 30,5 |
20,4 – 30,6 |
20,2 – 30,7 |
Tabela 2: Média histórica de precipitação para São Paulo (capital), SP (1943-2014, exceto dezembro/2014) e para Campo Grande (1961- 2009).
Cidade / Mês |
DEZ |
JAN |
FEV |
MAR |
Precipitação |
média |
média |
média |
média |
São Paulo |
207,0 |
263,8 |
236,4 |
185,8 |
Campo Grande |
214,1 |
216,0 |
173,2 |
143,0 |
PROGNÓSTICO PARA O VERÃO 2014-2015
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Para o verão 2014-2015 no estado de SP espera-se um regime de chuva dentro da média histórica. No MS a tendência também é de chuva perto da média, porém devendo ficar um pouco acima da média entre o oeste e sul do estado.
Ressalta-se que os índices de modos climáticos (em especial o El Ninho/Oscilação Sul) sugerem que haverá maior irregularidade na distribuição das chuvas tanto espacial (podendo haver ao mesmo tempo excesso e déficit de chuva em áreas até mesmo vizinhas) como temporalmente (concentrada em alguns dias do mês), mas na média sazonal a maioria dessas assimetrias devem se compensar.
Atenciosamente,
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INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA - INMET
SEÇÃO DE PREVISÃO DE TEMPO
7º DISTRITO DE METEOROLOGIA (SP e MS)
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