Outono chega com previsão de chuva abaixo da média no Sudeste do Brasil, Paraná e Santa Catarina

Às 18h24 (horário de Brasília) começa oficialmente o Outono no Brasil. A estação, conhecida como uma fase de transição, chega com o avanço de uma frente no Rio Grande do Sul, que deve favorecer a formação de nuvens carregadas e temporais pela região. 

"A frente fria encontra uma atmosfera muito aquecida que permite a formação de temporais com ventania", afirma a consultoria. 

De acordo com dados da Climatempo, além disso, a combinação de calor e alta umidade mais uma área de baixa pressão atmosférica provoca chuva forte entre Mato Grosso e Rondônia nesta segunda-feira (20).

Apesar do avanço do novo sistema pelo Sul do país, a estação tem como principal característica diminuir a precipitação principalmente no interior do país. O outono também é caracterizado por incursões de massas de ar frio vindas do sul do continente, que provocam a queda das temperaturas do ar, principalmente, na região Sul e em parte da região Sudeste.  

"Vale destacar ainda que, durante a estação, é possível observar as primeiras formações de fenômenos adversos, como nevoeiros nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste; geadas nas regiões Sul e Sudeste e no Mato Grosso do Sul; neve nas áreas serranas e nos planaltos da região Sul, e friagem no sul da região Norte e nos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e até no sul de Goiás", complementa o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

O Inmet prevê a permanência das chuvas acima da média no norte do Brasil nos meses de maio, maio e junho. Os volumes podem ultrapassar os 800mm no período, sobretudo no nordeste do Pará. "Já no sul do Pará, as probabilidades indicam chuvas ligeiramente abaixo da média. A previsão do Inmet também indica o predomínio de temperaturas próximas e ligeiramente acima da média em grande parte da região Norte", afirma.

Para a região Nordeste, o Inmet também indica chuvas acima da média durante o outorno, com destaque para os meses de abril e maio onde as chuvas devem persister mais ao norte da região mais ao norte devido à permanência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que poderá estar localizada mais ao sul de sua posição climatológica.

Mato Grosso e extremo norte do Mato Grosso do Sul podem ter chuva acima da média esperada, segundo o Inmet. Nas demais áreas do Centro-Oeste a tendência é de chuva próximo ou ligeiramente abaixo da média. "Vale ressaltar que a partir do mês de maio começa o período seco na região Central do país", afirma. 

Já na região Sudeste a tendência é de chuva abaixo da média nos próximos três meses em toda área. Assim como no Centro-Oeste, a redução dos volumes deve acontecer à medida que o inverno se aproxima. A temperatura média do ar deverá prevalecer próxima e ligeiramente acima da climatologia do período, porém não se descarta a possibilidade da entrada de massas de ar frio que poderão diminuir as temperaturas em alguns dias nas localidades de maior altitude, a partir do mês de maio.

No Sul do Brasil, o Inmet destaca a tendência de chuva abaixo da média em boa parte do Paraná e em Santa Catarina, com exceção da faixa leste dos dois estados. Chama atenção ainda para o retorno das chuvas mais frequentes para o Rio Grande do Sul, uma resposta do fim do La Niña, confirmado nas últimas semanas. Com relação às temperaturas, a tendência é de permanecer acima da média esperada, ainda assim não descarta o risco de geada principalmente nas áreas de serra. 

Próximas 24 horas

Segundo o modelo Cosmo do Inmet, as próximas 24 horas serão marcadas por chuvas volumosas no estado do Mato Grosso, com previsão de acumulados de até 60mm na região central do estado. Ainda no Centro-Oeste, o modelo mantém a condição de umidade nos demais estados, porém com volumes baixos e que ainda devem manter os padrões verão: altas temperaturas e pancadas de chuva no período de tarde. A mesma condição é prevista para o Sudeste do Brasil. 

O modelo também mostra condição de chuva volumosa em áreas do Matopiba, com destaque para Maranhão e Piauí, que devem receber volumes entre 40mm e 50mm nas próximas 24 horas. No oeste da Bahia, onde há semanas o produtor sofre com a falta de umidade, ainda não há previsão de volumes expressivos de chuva. 

Veja o mapa de previsão de precipitação nas próximas 93 horas: