Previsão para o trimestre indica chuvas acima da média em boa parte do Centro-Sul e temperaturas elevadas em todo o país

Publicado em 14/10/2025 16:50
Projeção do Inmet aponta retomada gradual da umidade no Centro-Oeste e Sudeste, enquanto o Norte e o Nordeste devem enfrentar déficits hídricos localizados

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O prognóstico agroclimático para o trimestre de outubro, novembro e dezembro de 2025, elaborado de forma conjunta pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Centro de Previsão de Tempo e Clima do Inpe (CPTEC) e a Funceme, indica chuvas acima da média histórica em grande parte do Centro-Sul do país, além de temperaturas do ar acima da média em todas as regiões brasileiras.

TRIMESTE_OND_INMET
– Previsão de anomalias de precipitação (a) (mm) e temperatura média do ar (ºC)
do multi-modelo INPE/INMET/FUNCEME para o trimestre OND de 2025

No Centro-Oeste, os modelos climáticos projetam volumes de chuva até 30 milímetros acima da média em todo o estado de Goiás, no centro-sul do Mato Grosso e no centro-norte do Mato Grosso do Sul. As temperaturas deverão permanecer cerca de 1 °C acima da média histórica, influenciadas pela persistência de massas de ar seco e quente.

O armazenamento hídrico do solo tende a se manter baixo em outubro, com recuperação gradual ao longo do trimestre e níveis superiores a 80% em dezembro, favorecendo o plantio e o estabelecimento das lavouras de soja e milho primeira safra. Em contrapartida, o déficit hídrico será mais intenso no início do período, especialmente no sudoeste do Mato Grosso, podendo prejudicar culturas como o milho segunda safra e o algodão.

Na Região Sudeste, a previsão também é de chuvas acima da média em praticamente todo Minas Gerais, no Espírito Santo e no centro-norte de São Paulo. As temperaturas devem permanecer até 1 °C acima da média em Minas e São Paulo, e até 0,5 °C no Espírito Santo e Rio de Janeiro.

O início do trimestre será marcado por baixa umidade no solo em áreas do centro-norte mineiro, norte fluminense e noroeste paulista, mas a partir de novembro há tendência de recuperação dos estoques hídricos, ultrapassando 80% em dezembro. O déficit hídrico de outubro, que pode superar 100 milímetros em parte do Triângulo Mineiro e do Espírito Santo, deve ceder com a regularização das chuvas, beneficiando o avanço do plantio e o desenvolvimento inicial das lavouras de verão.

No Sul do país, os volumes de chuva devem ficar próximos da média histórica, mas as temperaturas permanecerão elevadas, podendo atingir 2 °C acima da média no noroeste do Rio Grande do Sul. Em toda a região, o armazenamento hídrico do solo deve se manter acima de 80%, alcançando a capacidade de campo em várias áreas. O trimestre será de excedente hídrico expressivo, com destaque para o sul do Paraná, oeste de Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul, onde os acumulados podem superar 150 milímetros.

Essas condições são favoráveis ao desenvolvimento das culturas de inverno, mas o excesso de umidade poderá atrasar o início da semeadura da soja e do milho primeira safra em áreas mais úmidas do Paraná e do norte gaúcho.

Nas regiões Norte e Nordeste, o cenário é mais contrastante. No Norte, a previsão indica chuvas abaixo da média na maior parte do Pará, centro-norte de Rondônia, norte do Tocantins e extremo norte do Amazonas, enquanto volumes acima da média são esperados no Acre, sudoeste e nordeste do Amazonas e leste do Amapá. As temperaturas devem ficar até 2 °C acima da média, e os déficits hídricos mais críticos devem se concentrar no Amapá, norte do baixo Amazonas e extremo norte de Roraima, com melhora gradual em dezembro.

No Nordeste, são esperadas chuvas abaixo da média em grande parte do Maranhão, Piauí e centro-noroeste da Bahia, e acima da média no litoral do Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Sergipe, e em áreas do leste de Pernambuco e Ceará. As temperaturas do ar devem se manter entre 0,5 °C e 2 °C acima da média, com estoques de água no solo inferiores a 40% em grande parte da região. O déficit hídrico, que pode superar 130 milímetros em áreas do Piauí, Ceará e oeste de Pernambuco, tende a restringir o desenvolvimento de culturas de sequeiro, exigindo maior cuidado no manejo hídrico.
 

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Fonte:
Notícias Agrícolas

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