Índice de vegetação (NDVI) abaixo da média acende alerta para a soja, aponta EarthDaily
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O clima segue desafiador para as lavouras de soja na safra 2025/26, marcado por chuvas irregulares, plantio tardio e até mesmo replantio em algumas áreas. Embora o corredor de umidade formado no final de novembro tenha garantido bons volumes de chuva no centro-norte do país, a percepção entre os produtores é de que as precipitações desde o início da primavera não têm sido suficientes para assegurar o máximo potencial produtivo. Essa percepção foi confirmada por Felippe Reis, analista de safra da EarthDaily Agro, que apresentou dados concretos em entrevista ao Notícias Agrícolas sobre a atual condição dos solos brasileiros.
“Comparando com os últimos anos, até a última quinta-feira (04), a umidade do solo estava abaixo da média em praticamente todas as regiões produtoras de soja do país. No mapa abaixo à esquerda, as áreas em laranja indicam regiões com deficiência hídrica. A situação melhora um pouco quando comparamos com esta quinta-feira (11) na imagem à direita, pois as chuvas recentes, apesar dos prejuízos, aumentaram a disponibilidade de água no solo e estão representadas pelas áreas em roxo”, explicou o especialista.
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Apesar da melhora na umidade, o índice de vegetação (NDVI) continua abaixo da média histórica, o que pode resultar em produtividade menor que o esperado. Segundo Felippe, os mapas de monitoramento mostram que as áreas em vermelho no mapa abaixo indicam maior estresse hídrico e trazem preocupações para a produção de estados como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Tocantins e Bahia.
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“Para as regiões de MT, MS, GO e MG, o NDVI está abaixo da média dos últimos 20 anos. Claro que a agricultura evoluiu nesse período, mas a comparação entre a média geral (linha tracejada) e a situação atual (linha preta) mostra o impacto que o atraso das chuvas causou neste ciclo”, observou o analista.
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Mesmo diante do cenário preocupante, Felippe Reis pondera que ainda há espaço para recuperação, caso as chuvas de dezembro se mantenham regulares. Ele faz uma comparação com outros ciclos recentes, como 2021 (gráfico com linha verde claro) e 2024 (gráfico com linha verde escuro), para ilustrar as diferenças.
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“Em 2024 tivemos uma quebra de safra no Mato Grosso, o que puxou a média principalmente por causa da baixa umidade no solo. No gráfico, isso fica claro: enquanto a linha verde escura mostra o impacto negativo da safra passada, a linha preta indica que a umidade atual está um pouco mais favorável. Ainda é cedo para definir o rumo da soja, mas sabemos que será uma safra desafiadora”, conclui.
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