Temperaturas mais altas e chuvas irregulares vão marcar o verão, segundo a Climatempo
O varejo e a indústria podem se preparar para um verão com temperaturas acima da média, principalmente no interior do Brasil, segundo antecipa a Climatempo, a maior e mais reconhecida empresa de consultoria meteorológica e de previsão do tempo do Brasil e da América Latina. No verão 2025/ 2026, que começa oficialmente às 12h03 deste domingo (21/12), ao contrário dos anos anteriores, o clima não será influenciado pelos fenômenos El Niño e La Niña, que costumam acentuar os fenômenos climáticos. Desta vez, a previsão é de neutralidade, mas uma situação especial elevará as temperaturas: o anticiclone subtropical do Atlântico Sul (ASAS).
“O ASAS será o principal modulador do padrão de temperatura e de precipitação do verão brasileiro, que deverá ser mais quente do que o normal, com ocorrência de veranicos e até ondas de calor, e com deficiência de chuva em muitas áreas do País”, afirma Josélia Pegorim, meteorologista da Climatempo.
Ela explica que, como todo sistema de alta pressão atmosférica, o ASAS mais próximo do Brasil deixa o ar mais seco, o que reduz a nebulosidade e as condições para a chuva para além do que seria o normal para a estação, resultando em dias muito quentes e com pouca chuva. Além disso, a presença do ASAS no interior do País vai dificultar a formação e a permanência de grandes áreas de instabilidade e de chuva persistente por vários dias.
De acordo com Josélia, a expectativa é que a chuva fique um pouco abaixo da média neste verão em grande parte do País, deixando a temperatura mais alta especialmente em janeiro, quando todo o Hemisfério Sul receberá a maior incidência de sol no ano.
Contudo, segundo a meteorologista, um efeito do ASAS é provocar uma grande irregularidade espacial e temporal das pancadas de chuva, típicas de verão, e que são importantes para o aumento do nível dos reservatórios, os quais se encontram em situação crítica, como o da Cantareira , em São Paulo. A previsão é que os meses de janeiro e de fevereiro terão temporais em todas as regiões do País, mas a chuva deve cair de forma irregular.
“São chuvas irregulares, que podem cair forte, mas quase nunca no mesmo local”, diz Josélia, ao acrescentar que, em um verão sob influência de ASAS, “fica mais difícil atingir os grandes volumes necessários para a regularização do nível de reservatórios para o abastecimento de água e de energia às populações.”
Mesmo com a tendência de maior atuação do ASAS durante a nova estação, há possibilidade de formação da ZCAS – Zona de Convergência do Atlântico Sul e as irregularidades nas precipitações serão mais notadas em janeiro e fevereiro. Já em março, o regime pluviométrico deve ser mais regular e volumoso do que a média deste mês.
O comportamento das chuvas será diferenciado de acordo com a região do País. As menores precipitações estão previstas para a costa norte do Brasil, entre o litoral do Pará e do Ceará, e áreas do interior do Maranhão e do Piauí. Já o volume pluviométrico deve ser um pouco acima da média na porção norte do Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no Paraná, no sul e leste de São Paulo, no Sul de Minas, na Zona da Mata Mineira e no sul do Rio de Janeiro. As capitais Florianópolis (SC), Curitiba (PR) e São Paulo (SP) devem se preparar, por sua vez, para chuvas acima da média para a estação. Está previsto também chover mais do que o normal em Rondônia, no Acre, no Amazonas, em Roraima e no norte do Amapá.
Temperaturas no País neste verão
O mapa abaixo representa a anomalia de temperatura prevista para o verão 25/26, conforme análise da Climatempo. Os tons em azul indicam áreas onde a temperatura média deve ficar abaixo do normal. As áreas em tons de vermelho apontam onde deve fazer mais calor do que a média da estação, enquanto as áreas em branco indicam os locais em que a temperatura média durante o verão deve ficar próxima da normalidade.
Previsão das chuvas na estação
Este outro mapa representa a anomalia de precipitação prevista para o verão 25/26, conforme análise da Climatempo. Os tons em verde indicam áreas onde deve chover mais do que o normal. Jás as áreas em tons de marrom apontam onde deve chover menos do que a média para a estação, e, nas áreas em branco, o volume pluviométrico deve ficar próximo da normalidade.
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