Efeito econômico da mudança climática
O objetivo do encontro é colher subsídios para a elaboração do Programa de Governança Climática para uma Agricultura de Baixo Carbono (PABC), lançado pela CNA em junho e que servirá de base para as contribuições do setor agropecuário para a redução dos gases de Efeito Estufa (GEE). A idéia da CNA é transformar em vantagem competitiva no mercado internacional a adoção de práticas que tenham o objetivo de minimizar os reflexos do aumento da temperatura global sobre a produção de alimentos. Para a pesquisadora, a atividade agropecuária, principalmente a dos países em desenvolvimento, certamente será uma das afetadas com a mudança da temperatura no mundo. “Por isso precisamos de políticas de mitigação, que terão custo menor em relação ao custo da inação”, ressaltou Carolina Dubeux em sua exposição, com base no relatório.
Desta forma, a pesquisadora citou quatro alternativas para se reduzir as emissões de GEE: a redução da demanda por bens e serviços intensivos de emissão, a economia de recursos e de emissões, as emissões não energéticas e a migração de tecnologias de emissão intensiva de carbono para instrumentos de baixo carbono, uma das alternativas defendidas pelo setor agropecuário. No entanto, ela ressaltou a necessidade de se adotar políticas que incentivem a adaptação dos vários setores da economia e da população aos mecanismos de geração de baixo carbono, além da regulamentação do comércio de carbono como alternativa para estimular a redução da emissão de gases. “Quem tem custos baixos poderia vender suas cotas para quem tem custos altos de emissão”, explicou.
Política Nacional de Mudanças Climáticas – Além dos impactos da mudança do clima sobre a economia global, outro tema que pautou os debates nesta terça-feira diz respeito aos aspectos jurídicos e políticos da Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), criada pela Lei 12.187/2009. O assunto foi abordado pela advogada Flávia Frangetto, que explicou os efeitos da lei e falou sobre a necessidade de integração entre os setores públicos e privados e os poderes públicos federal, estadual e municipal. Na sua avaliação, a mitigação deve estar aliada ao desenvolvimento sustentável e as medidas devem levar em conta os diferentes contextos sócio-econômicos e a distribuição dos ônus e encargos entre os vários segmentos da economia em torno do bem comum. “Todos têm o dever de atuar em benefício das presentes e futuras gerações para reduzir o impacto decorrente das interferências antrópicas”, disse a advogada.
Marcio Antonio Cezarotto Santarém - PA
Eu, particularmente, acho que não devemos ter a pretenção de inventar a roda, sob pena de sermos esmagados pela mesma.
Deixemos para os "mais previlegiados" (europeus etc...). Quando eles fizerem alguma coisa, primeiramente em sua própria casa, no próprio quintal, algo que seja comprovável, copiemos apenas.