Código Florestal: Dilma analisará com “serenidade” possibilidade de veto

Publicado em 26/04/2012 14:38
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, ressaltou hoje (26) que o texto do Código Florestal, aprovado ontem (25) na Câmara dos Deputados, não foi o esperado pelo governo e lembrou que a presidenta tem direito ao veto e irá analisar a possibilidade com “serenidade”.

“É público e notório que nós esperávamos um resultado que desse sequência àquilo que foi acordado no Senado”, disse. “Como nos é dado também pela Constituição o direito ao veto, a presidenta vai analisar com muita serenidade, sem animosidade, sem adiantar nenhuma solução. Vamos analisar com calma”, completou após participar da abertura do debate Diálogos Sociais: Rumo à Rio+20.

O ser perguntado se a aprovação do texto representou uma vitória da bancada ruralista, Gilberto Carvalho respondeu que se trata de uma “correlação de forças” no Congresso. “Agora nós vamos, com sangue-frio e tranquilidade, analisar”, destacou.

O ministro disse ainda que a decisão da presidenta Dilma levará em conta aspectos além da repercussão que o Código Florestal possa ter na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). “Muito mais importante que a Rio+20 é o nosso cuidado com a preservação e com o modelo de desenvolvimento sustentável que pregamos.”

O texto base do novo Código Florestal foi aprovado ontem (25) na Câmara dos Deputados com as mudanças propostas pelo relator da matéria, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), que agradaram aos ruralistas.

O governo e os ambientalistas defendiam o texto aprovado pelos senadores e enviado à Câmara para nova votação, com o argumento que, no Senado, a proposta havia sido acordada com o setor produtivo e com os ambientalistas, e que também contou com a aprovação de deputados.
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Fonte:
Agência Brasil

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1 comentário

  • amarildo josé sartóri vargem alta - ES

    João Batista, como pode um país que tem mais de 60% do seu território preservado com florestas nativas, ser tão submisso a interesses de países que não tem preocupação alguma com seu próprio meio ambiente e devastaram todas suas floretas, margens de rios e mananciais simplesmente em favor do crescimento econômico. Só por esse fato, o Brasil já daria uma grande lição de sustentabilidade na Conferencia das Nações Unidas Rio+20. Mas isso ainda é pouco para integrantes do nosso governo e para os denominados ambientalistas. Para eles, o que importa é um inusitado modelo de preservação, "exclusivo", as custas do sangue e do patrimônio dos nossos agricultores, sejam eles da agricultura familiar, pequenos, médios e grandes proprietários, um modelo carregado de hipocrisia de pessoas que não tem afinidades com o campo. Acompanhando nesta quara-feira os debates na aprovação do Código Florestal, percebi no semblante dos Deputados contrários ao relatório do Dep. Paulo Piau, um sentimento irado, de perseguição disfarçada de democracia. Mas por que? A resposta está clara, o foco principal a ser atingido são os grandes latifúndios, e por causa desses bravos grandes produtores e empresários rurais que nos últimos tempos vem sustentando o PIB brasileiro, passam por cima sem escrúpulos de milhares de também bravas famílias de pequenos proprietários agricultores que tiram o sustento da terra e, com muito trabalho alimentam as mesas de todos brasileiros. Por isso prezado amigo João Batista, esses falsos defensores da pátria, das florestas e das águas, que temos orgulho de apresentar ao mundo de forma tão preservada, não imaginam o mal que estão fazendo aos brasileiros, aos que vivem no campo e principalmente aos que vivem no meio urbano (cidades estas que por falta de políticas públicas eficientes estão crescendo desordenadamente e altamente poluídas) e aí, no meu entendimento, serão os mais prejudicados.

    Um grande abraço a todos os produtores rurais, heróis desse imenso país.

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