Alto custo interno é um problema para produzir leguminosas na Argentina

Publicado em 26/09/2017 13:13

Confira a entrevista com Nicolás Kornoubi, primeiro vice-presidente da Câmara de Leguminosas da República Argentina (Clera). 

1- Qual é o contexto atual da produção de leguminosas na Argentina? 

Como não há dados oficiais, as estimativas que recebemos são da câmara da venda de agroquímicos ou sementes que foram usadas. E este ano seria cerca de 700 mil hectares no total de vegetais secos. De plantas de grão-de-bico foram plantadas 140 mil hectares. De ervilha, cerca de 100 mil hectares. De lentilhas, cerca de 30 mil hectares. E a área de feijão, uma leguminosa que semeia no norte do país em fevereiro, é de cerca de 400 mil hectares (entre branco, preto, a cor). 

2- Qual é a leguminosa que está crescendo? 

O grão-de-bico é a leguminosa que cresceu mais. É semeada há 20 anos de forma maciça no norte de Córdoba. Então, diante dos problemas comerciais do trigo, apresentou como uma ótima alternativa como uma safra de inverno. E nos últimos dois anos, foi necessário um novo contrato principalmente devido aos bons resultados da safra e, por outro lado, ao boom dos preços internacionais. É super lucrativo para o produtor. É uma cultura que está aqui para ficar. O produtor está cada vez mais produzindo de forma mais eficiente. Os preços variam de US $ 1.000 a US $ 1.500, dependendo do tamanho. Em referência a outras leguminosas, no caso de lentilhas e ervilhas também cresceram. E a área porosa é mantida nos últimos anos.

3- Qual porcentagem de legumes é deixada no mercado interno e quanto é exportado?

Legumes, tomando as ervilhas e as lentilhas, são pouco consumidos aqui. A Argentina não é um país que consome proteína vegetal, baseia-se mais na proteína animal. A proteína vegetal não é um hábito de consumo. Os hábitos começam pela família e é muito difícil mudar os hábitos de consumo. A produção é orientada para a exportação.

4- Quanto é o mercado de leguminosas no país?

O mercado de exportação de pulsos varia de US $ 500 a US $ 550 milhões por ano, em que o grão-de-bico, com US $ 140 milhões e os três tipos de feijão, com 350 milhões, são as principais culturas geradoras de câmbio. As ervilhas têm um preço acessível (US $ 350 por tonelada) e são exportadas por US $ 50 milhões. E a lentilha é consumida na sua totalidade no país. O mercado de vegetais é muito interessante e atraente.

5 - Novos mercados se abriram a partir das novas políticas?

Legumes em geral são mercados que sempre dependiam da exportação. Assuma quem assume, a abertura de novos mercados não dependerá dos governos de serviço. Trabalhamos para manter os mercados e abrir novos. Mas é muito complexo. Existem mercados sustentados, como a Europa (Espanha, Portugal, França), a Argélia na África, que também é uma porta de entrada para os países do norte do continente. Oriente Médio, liderado pela Turquia. No caso do portão preto, embarcou para o Brasil.

6- Qual é o principal desafio da cadeia de vegetais?

Crescer na produção de forma sustentada, sustentável e equilibrada. É necessário que a Argentina tenha um quadro econômico, político e regulatório onde encoraja a produção de leguminosas. Muito melhorou, mas falta. Os altos custos internos são um problema para a produção de leguminosas. Retardos cambiais, inflação e altos custos na cadeia de exportação.

7- Com esse contexto, em que situação o país está?

A produção vai variar sempre de acordo com a demanda e os preços internacionais. Mas na Argentina, não só depende disso, mas também dos custos internos, que em outros países são mais sustentados e têm políticas previsíveis. A Argentina perde a competitividade. Nos custos atuais, a produção de leguminosas é muito difícil. Você deve ter muita experiência e conhecimento nas culturas.

Tradução: Bruna Fernandes 

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Fonte:
Clarin Rural

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