Ibrafe: em maio haverá menos Feijão-carioca disponível do que em abril
Nesta semana, por conta do feriado, é provável que referências de preços em São Paulo tentem influenciar os produtores a venderem Feijão-carioca abaixo dos patamares da semana passada.
Se puder, evite vender durante este período.
A lógica é clara: em maio haverá menos Feijão-carioca disponível do que em abril. Embora sejam estimativas, o raciocínio é consistente. Ontem, no Noroeste de Minas — região onde se concentra o maior volume de Feijão armazenado — produtores receberam ofertas até R$ 10 por saca a menos, mas não aceitaram.
No Paraná, continuam chegando relatos preocupantes sobre as condições dos primeiros lotes colhidos nos Campos Gerais: manchas e grãos miúdos predominam.
Esses sinais reforçam a necessidade de cautela e atenção ao mercado nas próximas semanas.
Feijão e Arroz: Uma Luta de Vida ou Morte
Na noite de ontem, um membro atento do Clube Premier compartilhou uma matéria alarmante: os mineiros estão deixando de lado a tradicional combinação de arroz e Feijão e migrando para alimentos congelados e ultraprocessados.
(https://www.itatiaia.com.br/agro/2025/04/28/mineiros-consomem-menos-arroz-e-feijao-e-mais-comidas-congeladas-aponta-ibge).
De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo IBGE entre 2002 e 2018, o consumo de arroz e Feijão em Minas Gerais caiu de forma dramática:
Em 2002, representavam 16,5% das aquisições alimentares per capita (60,9 kg/ano);
Em 2008, caíram para 14,1% (44,1 kg/ano);
Em 2018, despencaram para 10,8% (28,6 kg/ano).
A queda foi de 53% em 16 anos.
No Brasil, a tendência se repete: o consumo de arroz e Feijão caiu de 13,3% para 9,8% no mesmo período.
Enquanto isso, alimentos congelados e ultraprocessados cresceram de maneira preocupante: em Minas Gerais, o consumo per capita saltou 128,3% entre 2008 e 2018.
O Que Está em Jogo
Estamos diante de um caso de vida ou morte alimentar.
O abandono do arroz com Feijão, do ovo, da proteína natural e da salada, em favor dos ultraprocessados, está impactando diretamente a saúde pública: obesidade, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares são consequências visíveis.
O Guia Alimentar para a População Brasileira já alerta para a necessidade de resgatar os alimentos de verdade. Mas essa mudança depende da ação de cada um de nós.
O setor de Feijão, pulses e colheitas especiais tem a responsabilidade de reagir.
O Que Você Pode Fazer Agora
Converse com seus familiares e amigos;
Incentive o consumo diário de arroz e Feijão;
Compartilhe conteúdos que valorizem os alimentos naturais;
Apoie e valorize quem promove uma alimentação saudável.
Cada prato de arroz e feijão servido é um ato de resistência, de saúde e de construção de um Brasil mais forte.
Uma Maneira Prática de Contribuir
Fazer parte do Clube Premier é uma forma direta e concreta de apoiar essa causa.
As contribuições dos membros são essenciais para manter o trabalho do IBRAFE, que promove o consumo de Feijão, incentiva o arroz como alimento essencial e fortalece toda a cadeia produtiva.
Ao apoiar o Clube Premier, você recebe informações estratégicas exclusivas e ainda ajuda a garantir um futuro mais saudável para o Brasil.
O IBRAFE está intensificando suas ações. Mas a transformação depende também de você.
Defenda o Feijão. Defenda o arroz. Defenda os alimentos de verdade. Defenda o futuro.
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