Preço do leite tende a baixar em SC, mas atividade continua atraente
Depois de sete meses de altas sucessivas e de ter atingido os maiores patamares dos últimos anos – o que incrementou a renda das famílias rurais em Santa Catarina – o preço pago aos produtores pelas indústrias lácteas na aquisição de leite estabilizou. E a tendência é iniciar um movimento de recuo.
Os valores de referência dessa matéria-prima, projetados para este mês de outubro pelo Conselho Paritário Produtor/Indústria de Leite do Estado (Conseleite), reduziram 1,7%.
“A retração é pequena e soma-se a do mês passado, quando havia baixado meio ponto percentual. Mas, na prática, significa que os preços estabilizaram e continuam fortemente atraentes”, explica o vice-presidente do Conseleite e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc), Nelton Rogério de Souza, reiterando que a produção de leite continua sendo uma das mais rentáveis atividades agropecuária de Santa Catarina.
De acordo com projeção do Conseleite, o valor de referência para o leite-padrão baixa, neste mês, para R$ 0,9159 o litro. Mesmo assim, o ganho continua muito bom para o produtor, assinala Nelton, enfatizando que, neste momento, a atividade leiteira é a principal, do agronegócio catarinense, a irrigar o campo com recursos financeiros superiores a 180 milhões de reais por mês.
Na segunda quinzena de novembro, o Conselho volta a se reunir para anunciar os números definitivos de outubro e a nova projeção para o mês seguinte. Embora tenha esses valores como referência negocial, o mercado – como de praxe – está praticando preços superiores. As industrias de processamento de leite estão pagando pela qualidade, o que representa até 15% a mais nos ganhos do pecuarista. Por isso, o produto acima do padrão tem mais valor de referência, ou seja, de R$ 1,0533.
RAZÕES
Nelton explica que as elevações nos preços do leite ao produtor nos últimos meses estavam sendo sustentadas pelo consumo aquecido da população que, mesmo com a valorização dos derivados lácteos no varejo, não deixava de adquirir esses produtos.
Agora, os preços dos derivados tendem a se estabilizar, principalmente os do leite UHT, já que o consumo, possivelmente, não se sustentará – forçando a baixa dos preços. Simultaneamente, a produção de leite aumentou em praticamente todos os Estados.
Por outro lado, os preços do leite UHT e do queijo mussarela no atacado chegaram ao limite, visto que o consumidor não deve absorver novos aumentos nos preços. Dessa forma, a tendência é que haja nova pequena e negativa variação nos valores dos derivados em novembro.
Santa Catarina é o quinto produtor nacional, o Estado gera 2,7 bilhões de litros/ano. Praticamente, todos os estabelecimentos agropecuários produzem leite, o que gera renda mensal às famílias rurais e contribui para o controle do êxodo rural. O oeste catarinense responde por 73% da produção. Os 80.000 produtores de leite (dos quais, 60.000 são produtores comerciais) geram 6 milhões de litros/dia.
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