Especialista defende biossegurança e vacinação no tratamento de Micoplasma na avicultura em Seminário IDEXX

Publicado em 28/04/2014 09:04
Médica veterinária e professora da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, Naola Ferguson, debate estratégias de prevenção e controle de micoplasma em granjas de frango

A combinação de um sistema de biossegurança eficiente com vacinação das aves é o melhor método para conter surtos micoplasma na avicultura, defendeu a médica veterinária e professora da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, Naola Ferguson, durante o Seminário IDEXX Brasil de Mycoplasma, que aconteceu durante o XV Simpósio Brasil Sul de Avicultura, em Chapecó, Santa Catarina.

Responsável pela perda de desempenho dos frangos e sacrifico de lotes inteiros em alguns casos, a micoplasmose pode ser considerada a doença respiratória que mais desafia o produtor em função da sua complexidade e do impacto econômico na atividade. “O problema da incidência de micoplasma é que a doença principal abre portas para doenças secundárias”, explica a especialista.

Ela debateu estratégias de prevenção e controle da doença com lideranças do setor durante o encontro promovido pela IDEXX. “Em casos de micoplasma, é importante lembrar que você tem uma caixa com várias ferramentas. Cada uma delas tem vantagens e desvantagens, por isso a escolha das ferramentas a serem utilizadas deve ser feita a partir das vantagens de cada uma”, pontuou.  

Impactos do micoplasma
Doenças respiratórias e queda na produção de ovos férteis, ale de interação com diferentes outros fatores são apontados pela especialista entre as principais consequências da ocorrência de micoplasma em granjas de produção de frangos de corte. “Entre os problemas na produção de ovos, podemos destacar a produção da gema, quando ocorre, dificultada pela incidência de micoplasma”.

Ela lembra que, dos quatros tipos existentes, o Mycoplasma gallisepticum, Mycoplasma synoviae, Mycoplasma meleagridis e Mycoplasma iowae, os dois primeiros são os mais encontrados no Brasil.

Prevenção 
Considerando que a enfermidade tem transmissão vertical, que significa que as matrizes podem transmitir para a progênie, Ferguson destaca a importância da segurança das matrizes. “A biossegurança é fundamental na prevenção de micoplasma. É importante manter o isolamento de matrizes em ambientes de alta biossegurança, que significa isoladas de outras aves e isoladas de trânsito de muitas pessoas, além do isolamento por idade, que é manter uma só idade por galpão”.

Controle
Ferguson defende o uso de vacinação com biossegurança como melhor estratégia de controle da doença.  Contudo, ela explica que é necessário vacinar vários lotes para aparecer as vantagens da vacinação. “De uma maneira geral, é necessário dois anos de vacinação para ter o benefício total da vacinação, que significa estar livre da doença, mas essa regra tem suas variações, por isso recomendo esperar o segundo lote”.

Nos casos de Mycoplasma synoviae ela lembra que é possível tratar com uso de antibiótico. Mas alerta que não se tem um resultado perfeito. “O uso de antibióticos vai ajudar a reduzir a carga bacteriana no campo, mas os animais vão continuar doentes e transmitir a doença. Outra desvantagem é que depois de muito uso, os animais criam resistência ao antibiótico e ele deixa de trazer o efeito desejável”, encerra.     

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Fonte:
AI Seminário IDEXX

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