Mercado de suínos segue estável no início de julho, com equilíbrio entre oferta e demanda
Com o equilíbrio entre a oferta e a demanda, referências para o mercado de suínos ficam estáveis ao longo desta semana. Para os primeiros dias de julho, o cenário de estabilidade se manteve. Mesmo estando em um período no qual normalmente assistimos maior movimentação, o mercado permaneceu apático.
A Scot Consultoria reportou em seu informe semanal que a expectativa para os próximos dias, de um lado, o clima frio, a entrada de salários e a tendência de o consumo evoluir são fatores positivos. No entanto, do outro, a oferta sobressalente e um comprador cauteloso pesam contra.
O Cepea ainda reporta que em algumas regiões, os avanços nas primeiras semanas do mês, decorrentes da oferta ajustada e da demanda um pouco mais aquecida – o clima frio eleva a procura pela carne suína –, foram suficientes para deixar as médias acima das de maio. Já em outras praças, a oferta levemente acima da demanda sobretudo na segunda metade do último mês pressionou as cotações médias, conforme explicam pesquisadores do Cepea.
No comparativo semanal, as referências para os suínos registraram poucas movimentações se comparado aos dados desta quinta-feira (03) ao que foi divulgado pelo Cepea na sexta-feira (27). Em Minas Gerais, a cotação do suíno saiu de R$ 8,43/kg para R$ 8,42/kg.
Já no Paraná, a referência se manteve estável ao longo da semana em R$ 8,17/kg, enquanto que no Rio Grande do Sul saiu de R$ 8,13/kg para R$ 8,12/kg. Em São Paulo, o preço do suíno teve uma leve queda saindo de R$ 8,76/kg para R$ 8,75/kg. Já em Santa Catarina, a cotação do animal passou de R$ 8,09/kg para R$ 8,07/kg.
No mercado atacadista de São Paulo, a Scot Consultoria apontou que a carcaça especial segue cotada, em média, em R$12,80 por quilo. Nas granjas, o suíno terminado segue negociado, em média, em R$165,00 por arroba.
Ainda de acordo com a Scot Consultoria, mesmo com o cenário de estabilidade, o suinocultor viu sua relação de troca com o milho melhorar. O recuo nos preços do grão contribuiu para esse movimento. Em junho, com a venda de um quilo de cevado, foi possível adquirir 7,5 quilos de milho, melhora de 9,4% frente a maio.
O Itaú BBA destacou que a suinocultura brasileira vive um ciclo de margens historicamente altas, sustentadas por produção mais disciplinada, custos sob controle e demanda sólida no mercado externo.
“Os custos de produção devem permanecer favoráveis ao longo de 2025, com suporte da safrinha de milho robusta e dos preços baixos do farelo de soja — principais componentes da ração animal.”, disse o Itaú BBA.
No entanto, é importante pontuar que a sustentação das margens no médio prazo dependerá da manutenção da disciplina produtiva, de um ambiente de custos controlados e de uma vigilância sanitária eficaz, assegurando resiliência diante de eventuais choques, completou o banco.
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