Apesar de perspectiva positiva, indústria não consegue repasses e preços da carne suína caem em outubro

Publicado em 31/10/2025 18:23

O mês de outubro foi negativo para os preços da suinocultura brasileira. Segundo o analista e consultor da Safras & Mercado, Allan Maia, o ritmo de negócios ao longo da cadeia evoluiu de maneira truncada.

O analista aponta que o cenário da carne foi desafiador e a indústria não conseguiu repassar preços, o que acabou impactando também a dinâmica do vivo. “A indústria atuou com cautela nas compras, então por mais que o suinicultor sinalizou que a oferta de animais esteve sob controle, os preços do vivo não conseguiram encontrar espaço para altas”, explicou.

Outro ponto positivo, de acordo com Maia, é a exportação. “Os trabalhos continuam apresentando números robustos, favorecendo enxugamento da disponibilidade doméstica”, disse.

Maia explica que, olhando para frente, o início de novembro traz uma perspectiva mais otimista. A entrada dos salários na economia, somada ao pagamento do 13o e à aproximação das festividades de fim de ano – período tradicionalmente marcado pelo aumento no consumo de carne suína – tende a favorecer a recuperação da demanda interna. O analista conclui afirmando que o movimento pode contribuir para uma melhora nos preços e para um equilíbrio do mercado no curto prazo.

Preços

Levantamento de Safras & Mercado apontou que o mercado de suíno vivo no Brasil registrou queda nos preços em outubro nas principais praças do país. A média de preços do Centro-Sul caiu 1,11%, passando de R$ 7,97 para R$ 7,89 por quilo.

A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado caiu 0,79%, passando de R$ 13,51 para R$ 13,40. A carcaça teve desvalorização de 1,78%, passando de R$ 12,61 para R$ 12,38.

A análise mensal de preços de Safras & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo foi de R$ 168,00 para R$ 166,00. Na integração do Rio Grande do Sul, o quilo vivo continuou em R$ 6,75 e no interior do estado foi de R$ 8,45 para R$ 8,40.

Em Santa Catarina, o preço do quilo na integração seguiu em R$ 6,70 e no interior catarinense de R$ 8,45 para R$ 8,30. No Paraná, o preço do quilo vivo registrou baixa de R$ 8,60 para R$ 8,40 no mercado livre e, na integração, permaneceu em R$ 6,90.

No Mato Grosso do Sul, a cotação em Campo Grande teve decréscimo de R$ 8,10 para R$ 8,00 e, na integração, estabilidade de R$ 6,70. Em Goiânia, os preços recuaram de R$ 8,10 para R$ 8,00. No interior de Minas Gerais, os preços tiveram desvalorização de R$ 8,40 para R$ 8,30 e, no mercado independente, de R$ 8,60 para R$ 8,50. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo em Rondonópolis teve perda de R$ 8,20 para R$ 8,00 e, na integração do estado, continuou em R$ 7,20.

Exportações

As exportações de carne suína “in natura” do Brasil renderam US$ 272,360 milhões em outubro (18 dias úteis), com média diária de US$ 15,131 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 106,487 mil toneladas, com média diária de 5,916 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.557,7.

Em relação a outubro de 2024, houve avanço de 13% no valor médio diário, alta de 11,9% na quantidade média diária e elevação de 1% no preço médio. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

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Fonte:
Safras & Mercado

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