Exportações mundiais de carne de frango/peru caem novamente em 2010, diz USDA

Publicado em 13/04/2010 08:28

Seis meses depois de prever que, embora permanecendo inferiores às de 2008, as exportações mundiais das carnes de frango e de peru registrariam, em 2010, avanço de 2% sobre o ano anterior, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) chega a resultado diferente. Na segunda projeção sobre a tendência das carnes no corrente exercício prevê que sofrerão decréscimo de 2,9% sobre 2009 e de quase 4% sobre 2008 – ano que marcou o recorde, até agora não superado, nas exportações mundiais.


O comunicado do USDA a respeito é lacônico. Observando que o comércio mundial de carne de frango permanece relativamente estável, o órgão comenta que o anúncio (dezembro/09) de uma redução de 18% nas importações russas efetuadas sob quotas tarifárias favorecidas levou a uma redução das primeiras projeções para 2010 (apresentadas, originalmente, em outubro/09). Da mesma forma, foram reduzidas as expectativas de importação de alguns mercados, pequenos e não-tradicionais (ao menos para os EUA) do Oriente Médio e da África. Mesmo assim, o USDA prevê aumento das importações iraquianas, concomitantemente a um aumento da produção interna.


Sem especificar volumes ou índices de incremento, o USDA também cita que as exportações da União Européia devem apresentar crescimento no decorrer do corrente exercício, em função, basicamente, de uma forte demanda por parte de países asiáticos e do Oriente Médio.
Já em relação aos EUA é projetada uma queda de exportações bem mais significativa que a prevista em outubro do ano passado. Naquela época, o USDA estimou que as vendas externas de frango e peru dos EUA poderiam chegar aos 3,105 milhões de toneladas, o que significaria redução de 3,9% sobre o total exportado em 2009, da ordem de 3,232 milhões de toneladas (número, então, preliminar).


Na previsão mais recente, o volume total exportado em 2009, já consolidado, aumentou, chegando aos 3,342 milhões de toneladas. Em contrapartida, a previsão de exportação sofreu forte redução: pode ficar em 2,889 milhões de toneladas, recuando 13,6% em relação a 2009 ou quase 17% em relação ao recorde de 2008.


Esse desempenho – conclui o USDA – é resultado não só da redução (de 760 mil/t para 600 mil/t) das quotas russas, mas também da fraca demanda por parte de diversos outros mercados.
Não há, no atual comunicado, qualquer referência a respeito das tendências do principal “player” desse mercado, o Brasil. Mas é previsto que o “share” dos EUA entre os principais exportadores deve recuar de 37% (2009) para 33% neste ano.

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Fonte:
AviSite

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