Brasil diversifica mercado de ovos férteis
Claro que os países sul-americanos continuam em maior número – o que acontece, até, por uma questão de logística, já que o produto é extremamente perecível e seu transporte dos mais delicados.
Mas outros continentes vêm recebendo regularmente o produto brasileiro. E em abril de 2010, por exemplo, o sistema Alice da SECEX/MDIC aponta que 14 diferentes países adquiriram ovos férteis produzidos no Brasil.
O que alguns questionam quando vêem a expansão das exportações de ovos férteis é se esse tipo de atividade não seria autofágico, pois entendem que o importador de ovos férteis está deixando de importar carne de frango. Mas não é bem assim. Por, pelo menos, três razões:
Primeira: quem importa ovo fértil dispõe de instalações e condições para produzir o pinto de um dia, criar e abater o frango. Ou seja: se não importar do Brasil vai recorrer a outro fornecedor.
Segunda: o ovo fértil exportado pelo Brasil não se resume ao produto destinado à produção de pintos de corte (portanto, de carne de frango). Inclui, também, produto para a produção de poedeiras e, ainda, para a produção de avós e matrizes (hoje o País é base das principais casas genéticas mundiais);
Terceira: como foi dito no princípio, a atividade é incipiente. Em abril, por exemplo, gerou receita cambial de US$4,780 milhões e envolveu não mais que mil toneladas do produto.