Rússia desconfia: frango “clorado” entra agora pela “porta dos fundos”

Publicado em 16/09/2010 14:16

Já há algum tempo o mercado internacional questiona a evolução das exportações norte-americanas de carne de frango em 2010. Como é que os EUA, tendo perdido seu maior comprador, conseguem manter os embarques em volumes praticamente normais? – é o que se pergunta.
Realmente, em qualquer situação, a perda quase total do principal importador tende a ocasionar graves seqüelas no fornecedor. No caso americano deveria ser assim, já que a Rússia, até recentemente, absorvia cerca de um terço das exportações de carne de frango do país.
Mas em 2010, com a decisão russa de não mais permitir a importação de carnes avícolas higienizadas com cloro, as vendas dos EUA para a Rússia recuaram drasticamente. A ponto de, no período janeiro-julho de 2010, representarem apenas 2% das exportações dos EUA. Que, mesmo assim, registraram nesse período uma redução de apenas 6,6% em relação aos sete primeiros meses de 2009.
Como assim, se as vendas ao principal comprador recuaram mais de 90%?
Uma possível primeira resposta a essa indagação está vindo, parece, da principal autoridade sanitária russa, o médico Gennady Onishchenko. Falando à agência de notícias Ria Novosti, ele levantou a hipótese de o mercado russo continuar recebendo carne de frango tratada com cloro, senão pelas vias normais, pela “porta dos fundos”.
“Segundo fontes confiáveis, são claros os indícios de que aves tratadas com cloro [provenientes dos EUA] estão sendo reembaladas em terceiros países e introduzidas em nosso mercado”, declarou Onishchenko.
Ele também sugeriu que “o mais provável” é esse procedimento estar sendo adotado por membros integrantes da recém-criada (1º de julho de 2010) União Aduaneira implantada entre Rússia, Belarus e Cazaquistão.

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