Leite: setor projeta alta de 6% para 2011 no Estado

Publicado em 01/11/2010 08:57
Produtores de leite em Mato Grosso pretendem expandir entre 5% a 6% a produção no ano que vem. A estimativa é que o Estado produza cerca de 700 milhões de litros em 2010, volume que é 4% superior ao que foi registrado em 2009, quando 670 milhões de litros foram produzidos. Adoção de novas tecnologias e melhoramento genético proporcionam maior produtividade e vão contribuir para que as metas sejam alcançadas.

Segundo o coordenador de Pecuária do Núcleo Técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Carlos Augusto Zanata, o segmento está em pleno crescimento mesmo tendo sofrido problemas pontuais neste ano, a exemplo da estiagem prolongada, responsável uma redução na produção de leite. Ele ressalta que em termos de produção, o Estado é auto-sustentável, embora, 80% sejam direcionados ao mercado externo, como São Paulo e Rio de Janeiro. "Se levarmos em consideração que cada habitante consume 140 litros de leite por ano podemos concluir que a produção no Estado é suficiente para atender todos os mato-grossenses".

Conforme ele, do total produzido, 80% são transformados em queijo (desses, 90% são para mussarela), 10% são leite fluido e os 10% restantes são transformados em bebidas lácteas e demais derivados. Zanata ressalta que Mato Grosso possui entre 75 e 80 indústrias de leite e que a maior parte da produção é originada de cooperativas. O presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras de Mato Grosso (OCB/MT), Onofre Cezário de Souza Filho, acrescenta que a participação das cooperativas na produção do leite, em Mato Grosso, deverá aumentar dos atuais 50% para 60% no próximo ano.

Conforme ele, a produção das cooperativas, somente no mês de setembro deste ano, alcançou 10 milhões de litros, referentes a 28 entidades. "Muitas dessas abastecem o Sudeste brasileiro, outras visam mercados internacionais como o Peru e Bolívia". Ele ressalta que o cooperativismo é um negócio que vem dando certo. "Desejamos para breve a inauguração da fábrica de leite em pó tipo exportação. Aliar tecnologia e cooperativismo".

A Cooperativa Agrícola e Industrial Luverdense (Coagril) de Lucas do Rio Verde, por exemplo, pretende ampliar para 1 milhão de litros por dia a produção de leite até 2014. Atualmente a cooperativa produz 25 mil litros/dia. O acréscimo, segundo o coordenador de projetos da Coagril, Luiz Antônio Schneider, será decorrente a ampliação no número de produtores, que deverá aumentar de 318 para 1,250 mil nos próximos 4 anos. Conforme ele, 80% da produção são queijos e o restante é leite.

Os investimentos também são almejados pela Cooperativa Mista de Juscimeira Ltda (Comajul). O presidente da entidade, Sebastião Reis Borges, diz que a intenção é ampliar o leque de produtos, ou seja, aumentar a quantidade de derivados. Conforme ele, são produzidos atualmente 140 mil litros de leite por dia fornecidos por 1 mil produtores de 8 municípios mato-grossenses. A cooperativa é uma das poucas que baseia a sua comercialização no mercado local. "Atendemos Rondonópolis, Várzea Grande, Cuiabá, Primavera do Leste, entre outros".

Na Cooperativa Agropecuária Mista de Terra Nova (Coopernova), os resultados positivos são comemorados ano a ano. Hoje (31), a unidade completa 23 anos de operação com números que agradam todos os cooperados. Segundo o presidente da Coopernova, Daniel Robson da Silva, a cooperativa cresce entre 10% a 15% a cada ano. Conforme ele, a entidade representa 1,8 mil produtores de 8 municípios. Ele diz que 95% do leite são para produção de queijo, fornecido às empresas do Sudeste do Brasil. "Já os 5% são destinados à produção de doce de leite, requeijão e manteiga".

A Cooperativa Agropecuária do Noroeste de Mato Grosso (Coopnoroeste/Lacbom) ampliou fábrica de leite, visando o aumentar em 70% a produção. Antes, a cooperativa envasilhava 6 mil litros de leite/hora e agora passa para 13 mil litros/h. Foram investidos R$ 5 milhões apostando no potencial do produtor rural. "Daqui a 2 ou 3 anos queremos mais investimentos. Com certeza a Coopnoroeste/Lacbom vai trazer novos projetos, seja com apoio do governo do Estado, prefeitura ou com ajuda povo da região", diz o vice-presidente, Ivanildo José Rodrigues.

O presidente da Coopnoroeste/Lacbom Ademar Furtado da Silva afirma que a ampliação está sendo possível graças ao apoio do governo do Estado, por meio da redução de impostos, incentivos que o governo tem dado aos lacticínios de Mato Grosso em que a Lacbom foi beneficiada. "A ação do governo beneficiou a produção de nossos cooperados que têm investimentos na Coopnoroeste da ordem de R$ 9 milhões. Isso em 3 anos é de grande importância para a região".

Fundada em 1975 pelo padre Ermínio Celso Duca, a Coopnoroeste/Lacbom se transformou em uma das principais produtoras de leite do Estado, empregando hoje 410 colaboradores e reunindo 1,8 mil cooperados.

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Fonte:
A Gazeta

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