Nova alta do frango vivo alcança mercados paulista e mineiro
Por ora o frango vivo registra, quase sem tirar nem por, o mesmo comportamento observado em novembro do ano passado. Pois lá, como agora, obteve no mês quatro ajustes de cinco centavos cada. A única diferença, desta vez, é que o quarto aumento demorou um pouco mais que há um ano, só ocorrendo na segunda quinzena.
Mas se até o momento toda a torcida se concentrou numa repetição pura e simples de novembro de 2009, doravante os votos são de que as altas prossigam. Não porque se queira, por exemplo, acompanhar os preços do boi, mas pela mais absoluta necessidade de enfrentar os custos que não param de crescer em função, precipuamente, das altas contínuas do milho.
Enquanto no mês o frango vivo registra variação de preço “zero” (o ajuste de ontem apenas retoma o preço de R$1,90/kg praticado há 30 dias), no ano apresenta evolução de 15% (R$1,65/kg na abertura de 2010) e em um ano de pouco mais de 18% (R$1,60/kg na segunda quinzena de novembro de 2009).
Já o milho apresenta, em um mês, no ano e em 12 meses incrementos de preço de, respectivamente, 25%, 45% e 43%. Ou seja: como corresponde à maior parcela do custo de produção de um frango, corroeu totalmente o poder aquisitivo dos avicultores.
Em síntese, pois, para que não haja perda da capacidade de reinvestimento no setor, é indispensável que o frango obtenha remuneração melhor que a atual. E isso não parece impossível, pois o mercado se mantém firme. Resta, apenas, que o próprio setor busque o justo valor para o produto.