Países de língua latina absorvem um quarto das exportações de frango dos EUA
Já há algum tempo, os dois postos principais vinham sendo ocupados por Rússia e China, o México surgindo na terceira ou quarta posição. Em 2009, por exemplo, a Rússia absorveu mais de 20% das exportações norte-americanas, enquanto a China (sem considerar as compras de patas de frango, bastante significativas) importou outros 11% - o que significa que mais de um terço do total exportado pelos EUA seguiram para apenas dois países.
Em 2010 essa situação mudou. De um lado, porque a Rússia embargou o frango higienizado com cloro dos EUA (processo de importação só foi retomado em setembro). De outro, porque a China impôs pesada taxação ao frango norte-americano. Como resultado, Rússia e China caíram, respectivamente, para a sétima e décima posições.
Entre janeiro e setembro de 2010 os “latinos” aumentaram suas importações em pouco mais de 20%. Foi pouco frente ao encolhimento das importações russa e chinesa, que recuaram, na média, 85%.
De toda forma, os EUA neutralizaram grande parte dessa perda, aumentando os embarques não só para México e Angola (Cuba registra ligeira redução), mas também para a Lituânia (+45%), Taiwan (+82%), Turquia (+20%) e “demais importadores” (+50%).
Em conseqüência, os embarques totais dos EUA no ano caíram apenas 5,7%. O que não impediu que recuassem ao menor nível dos últimos três anos para esse período (primeiros nove meses do ano).