Ano deve fechar com alta de 6% no volume de exportação de aves
Maior produtor e exportador brasileiro de carne de frango, o Paraná comemora. Até novembro, a comercialização para o Exterior soma 923 mil toneladas. No ano passado foram ao todo 954 mil toneladas embarcadas. Cooperativas paranaenses estão ampliando e aperfeiçoando a produção. O presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins, diz que tradicionais compradores, como o Japão, que estavam queimando seus estoques, aqueceram as compras. A conquista de novos mercados também fez diferença positiva.
– O Brasil hoje exporta para praticamente todo o mundo. A África, por exemplo, passou a ser muito importante e passou a fazer o equilíbrio. Antigamente, nós sofríamos muito quando a Rússia saía do mercado. Então, nós tínhamos alguma dificuldade de realocar ou de migrar o produto que nós exportávamos para a Rússia. Hoje não existe mais isso – diz Martins.
Até novembro, o país abateu mais de 1,2 bilhão de cabeças de frango. O ano de 2009 fechou com 1,257 bilhão de animais abatidos. No ano passado, 3,6 milhões de toneladas foram para o mercado externo. A indústria está otimista, esperando encerrar as vendas externas com 6% a mais em relação a 2009. Agora, é hora de melhorar o preço.
A indústria de exportação avalia que, se o volume de vendas aumentou os preços ainda não voltaram aos níveis de 2008, antes da crise econômica mundial. Porém, um fator doméstico pode “puxar” esse resgate de valores: o aumento no consumo interno de frango e seus derivados.
O consumo nacional de carne de frango passou de 40 para 44 quilos per capita este ano. O Brasil está entre os cinco países que mais se alimentam com carne de frango. A expectativa é de que esse ritmo se mantenha, mesmo que a oferta de carne bovina normalize. A produção cresceu 5%. Os exportadores acreditam que o comprador internacional está comparando o crescimento no consumo brasileiro com a produção, e deve se movimentar para garantir sua demanda.
– O mundo inteiro vai buscar proteína de origem animal no Brasil e em outros países, como Estados Unidos, Argentina, Austrália. Mas o Brasil é o parceiro mais importante do mundo. Com o nosso mercado interno crescendo, ele vai sinalizar preços porque mercado é mercado. Ninguém vai vender lá fora por um preço mais barato do que aqui dentro – diz Martins.
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