Indústrias de suíno e de frango querem mais acesso ao mercado europeu

Publicado em 10/02/2011 07:20
Representantes do setor esperam obter vantagens com acordo comercial entre Mercosul e União Europeia.
Autoridades do Mercosul e da União Europeia se reúnem no dia 19 de março para discutir o acordo comercial entre os dois blocos. No Brasil, representantes das empresas que exportam carne suína e de frango apresentaram propostas para ter acesso ao mercado europeu. A avicultura espera mudanças no sistema de cotas do bloco, enquanto a indústria de carne suína tenta abrir as portas do bloco para o produto brasileiro.

Os setores avícolas exportadores dos quatro países do Mercosul fecharam uma proposta de consenso para as negociações do tratado de livre comércio. O presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef),  Francisco Turra, representa o Mercosul nas questões avícolas. Para ele, dois fatores são importantes para o avanço do setor caso ocorra o acordo bilateral.

– Nós formatamos uma proposta comum, ou seja, 300 mil cotas para o Mercosul e desgravação progressiva em um prazo de 10 anos, ou seja, chegando no final com tarifa zero – diz o dirigente da Ubabef.

Turra está mais otimista em relação a um acordo Mercosul-União Europeia. Já o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, está um pouco mais cauteloso. Ele ressalta que negociações como estas são complexas. De qualquer forma, a indústria de carne suína também apresenta reivindicações.

– A Abipecs espera que o Mercosul obtenha uma cota de no mínimo 110 mil toneladas de carne suína sem tarifa para exportar para União Europeia – defende Camargo Neto.

Para o advogado Marcus Vinícius de Freitas, especialista em Comércio Internacional, o cenário é favorável para o acordo bilateral entre União Europeia e Mercosul.

– A União Europeia tem expressado nas suas negociações que nos mercados em que ela não encontra fornecedores ela está mais propensa a abrir suas portas. E quando ela passa a entender que tem que abrir portas para determinados mercados aí sim se entende o Brasil como fornecedor dessas mercadorias que estão faltando na prateleira europeia ou que estão lá em um preço que o consumidor não está disposto a pagar. É o caso das carnes, das bananas e de vários produtos que a Europa tem consumido – conclui Freitas.

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Canal Rural

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