Frango, ovo, milho e inflação em março de 2011

Publicado em 08/04/2011 10:42
Embora tenha experimentado valorização de quase 20% nos últimos doze meses e de 26% neste ano (variações ponta a ponta no preço médio de março de 2011 em relação ao preço de março/10 e dezembro/10), na vigência do real (isto é, da segunda metade de 1994 para cá) o ovo permanece com uma remuneração muitíssimo aquém da inflação acumulada desde então.

Mais exatamente, enquanto a inflação (tendo como base, aqui, o IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas) registra variação de, praticamente, 355%, o ovo está com preço que é 200 pontos percentuais inferior. Ou seja: se tivesse acompanhado a inflação estaria sendo remunerado por não menos que R$87,00/caixa. Mas fechou março a pouco mais da metade desse valor.

O frango registra resultados melhores, mas também pouco favoráveis. Valorizou-se 33,5% nos últimos 12 meses, mas acabou fechando março com um valor 2,4% inferior ao de dezembro/10. Além disso, acumulou, na vigência do real, ganho de apenas 238,3%, contra os já mencionados 355% do IGP-DI. Alcançou em março um preço médio de R$2,03/kg. Porém, pela inflação, deveria ter sido remunerado por valor pelo menos um terço maior.

Entre os três produtos da agropecuária, o milho é o único que caminha mais próximo da inflação. Assim, valorizou-se 13% no ano e quase 77% em 12 meses. Por isso, está apenas 39 pontos percentuais abaixo da inflação acumulada desde 1994. Recuperou grande parte do terreno perdido nos últimos 17 anos, mas penaliza – e duramente – os segmentos da produção dependentes do seu consumo.

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Avisite

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