Carne de frango: tendência de crescimento mais lento pede revisão dos planos de expansão
As projeções apontam, por exemplo, que no final desta década a participação do frango no consumo total das três carnes será praticamente a mesma registrada em 2011 – cerca de 45%, com incremento de apenas 0,7% em dez anos. Já nas exportações de carnes a participação do frango tende a aumentar não mais que 1%, permanecendo em torno dos 62% do total. E mesmo na produção, apesar do índice de expansão relativamente maior (+2,7%), a carne de frango continuará correspondendo à metade das carnes produzidas no Brasil.
Naturalmente, estabilização da participação não significa estabilização dos volumes produzidos, exportados ou consumidos internamente. Eles continuarão em expansão e favorecerão sobretudo a carne de frango. Mas o ritmo de evolução deverá ser bem mais lento que aquele até aqui observado.
Exemplificando, a produção – que entre 2001 e 2011 vem crescendo a um ritmo próximo de 7% ao ano – tende, pelas projeções do MAPA, a se expandir à média de 2,6% ao ano nestes próximos 10 anos. Já para as exportações está sendo previsto um crescimento médio anual próximo de 2,9% - índice muitíssimo mais modesto que os 11,86% ao ano alcançados quando se compara a média dos cinco primeiros meses de 2011 com a média mensal de 2001. Por fim, em contraposição ao aumento médio superior a 5% ao ano da última década, a década corrente sinaliza, para o consumo interno, expansão média anual que não chega aos 2,5%.
Esses indicadores apontam que a avicultura de corte precisa rever urgentemente seus programas de expansão.