Para driblar baixo crescimento, setor avícola aposta na abertura de novos mercados

Publicado em 05/07/2011 08:35
Exportações do primeiro semestre ficaram abaixo das expectativas da Ubabef.
A desvalorização do dólar e o alto custo de produção são apontados como os principais fatores para o baixo crescimento do setor avícola no primeiro semestre de 2011. O volume das exportações de frango somou 1,9 milhão de toneladas, 6% a mais do que no mesmo período do ano passado. Um volume bem abaixo das expectativas da União Brasileira de Avicultura (Ubabef).

A Cooperativa Languiru, localizada no Rio Grande do Sul, abate 135 mil aves por dia. A produção é dividida entre o mercado interno e o externo. O volume é 10% maior do que no ano passado, mas poderia ser bem maior, segundo a direção. Culpa dos elevados custos de produção.

– No acumulado de 2010 até maio, comparando com maio deste ano, nós temos um aumento de custo em torno de 20%. Isso dificulta a atividade e, permanecendo os atuais índices, essa dificuldade tende a crescer – disse Dirceu Bayer, presidente da Cooperativa Languiru.

Segundo a União Brasileira de Avicultura, a receita com as exportações chegou a US$ 3,9 bilhões, um incremento de 28,5%. Mas os preços da saca de milho, um dos principais insumos avícolas aumentaram até 111% desde janeiro do ano passado em algumas praças de comercialização. Foi um pé no freio diante da expansão esperada pela grande demanda no mercado internacional.

– Nós imaginamos chegar em receita a US$ 7,4 bilhões, crescer em volume de 3% a 5%, mas lamentamos muito porque a demanda mundial, os estoques do mundo estão tão baixos que nós poderíamos estar falando em aumento de 10%, 15% não fosse este tema de alta de custo, de tudo e também de queda do dólar que é muito significativa para nós – observou Francisco Turra, presidente da Ubabef.

A aposta para alavancar o crescimento está voltada para a abertura de novos mercados, como o da Índia.

– A dificuldade maior é tarifa. Nós temos hoje uma tarifa alta, de 100% em produtos industrializados de corte e 30% em inteiros. A dificuldade é transpor esta barreira. Nós estamos fazendo um trabalho em conjunto com os Estados Unidos para abrir o mercado indiano efetivamente. Estamos fazendo promoções lá para mudar o hábito alimentar deles de comer mais congelado e não só in natura e fazer desenvolvimento de ações de marketing de longo prazo – falou Ricardo Santin, diretor de mercados.

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Fonte:
Canal Rural

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