Queda da demanda e embargo russo fazem produtores de suínos deixarem a atividade
Em Holambra, interior de São Paulo, o criador Eduardo Walravens procura alternativas para se manter na criação de suínos. Negócio da família desde 1983, o criadouro deixou de dar lucro e passou a ser uma preocupação.
A queda na rentabilidade foi sentida nas regiões Sudeste e Sul do país. Segundo levantamento do Cepea, os preços de agosto apresentam queda de até 20% na comparação com julho. Os recuos acontecem tanto no mercado interno quanto no externo. Em Minas Gerais a desvalorização chega a 19%, em São Paulo 17%, Santa Catarina 8%, e Rio Grande do Sul, 5%.
"A queda foi grande em parte do país, principalmente por conta do fim das exportações para a Rússia", diz Camila Ortelan, pesquisadora do Cepea.
Produtores como Eduardo Walravens contabilizam os prejuízos. A solução para muitos é sair do ramo. Na região de Holambra eram 25 produtores, agora são 11, menos da metade. Os que restam apostam na recuperação do mercado e na retomada das exportações.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) afirma ainda que a saída para substituir o mercado russo seria a abertura de novos mercados, como o Japão. Mas, para isso o Brasil precisa erradicar totalmente a febre aftosa. Atualmente, só o Estado de Santa Catarina tem o status de livre da doença sem vacinação.
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