Aquecimento do dólar pode favorecer a suinocultura
Segundo especialistas, a desvalorização do Real aumenta a competitividade da carne suína no mercado internacional e, tornando-o mais atrativo para venda de animais, diminuindo assim a disponibilidade de animais no mercado doméstico. Mas o reflexo desse novo cenário levará mais algumas semanas para se estabelecer e ser percebido nos valores pagos aos produtores, caso do dólar se mantenha nesses valores ou apresente alta.Enquanto isso, a perspectiva em grande parte das regiões produtores do país é de estabilidade nos preços de venda da carne suína. Sem animais em excesso, o equilíbrio entre oferta e demanda tem se firmado favorecendo grande parte dos produtores, principalmente nos estados do sudeste. Em São Paulo, por exemplo, os valores firmados na Bolsa de Suínos foram mantidos nos mesmos patamares da semana anterior, que oscilaram entre R$ 53,00 e R$54,00@ o equivalente a R$ R$ 2,82 e R$ 2,88 respectivamente (condições bolsa posto frigorífico com 21 dias de pagamento). Para o presidente da Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), o maior entrave do o mercado paulista ainda é o grande volume de animais abatidos vindos da região sul, o que aumenta a oferta e desfavorece os valores de comercialização.
No Sul, os suinocultores gaúchos também mantiveram os preços de comercialização do quilo do suíno vivo, com preços mínimos em R$ 2,31 e máximo de R$ 2,61, segundo dados da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs). Porém, se comparado ao mesmo período do ano passado, os produtores tem recebido valor 15% menor, aliado a isso o valor inflacionado do milho, que subiu mais de 30% nos últimos 12 meses e o embargo russo, em vigor desde o dia 15 de junho deste ano, destino em 2010 de 71,79% das exportações gaúchas de carne suína. Atualmente, 51 dos 249 frigoríficos brasileiros podem exportar sem restrições, sendo apenas um abatedouro de suínos, em Santa Catarina.
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