Produtores de feijão estão otimistas com a colheita do grão

Publicado em 28/05/2012 15:56
Os produtores de feijão em Mato Grosso estão otimistas com a colheita do grão prevista para começar a partir da segunda semana de junho. Os trabalhos no campo ainda não começaram, mas a produção já está praticamente toda comprometida.

Com os problemas climáticos ocorridos principalmente no Sul do país, que foram responsáveis por reduzir a oferta do grão no mercado, os agricultores mato-grossenses conseguiram antecipar a comercialização do grão. No sul do estado os produtores apostam na diversificação de variedades, o caupi ou o feijão de corda tem destino certo: o Norte e o Nordeste do país.

Os produtores revisaram o plantio aumentando a área plantada, porém não o suficiente para ultrapassar os 208 mil hectares da safra anterior. Por outro lado, os investimos nas lavouras permitiram que a produtividade aumentasse em 7,3%, de 1,128 quilos por hectares para 1,210 quilos por hectare nesta temporada. De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a estimativa é que a produção no estado fique em 232,2 mil toneladas.

Na propriedade do agricultor Osmar Boschila somam 170 hectares de lavoura do feijão comum, da variedade carioca pérola - uma das mais consumidas no Brasil. "O mercado é muito firme e promissor. A lavoura que não está sendo utilizada com a cultura do milho e do algodão será usada para o plantio do feijão". Segundo ele, a saca do grão, que ainda não foi colhido, chegou a ser comercializado a R$ 250.

O bom momento vivido na região também é reflexo do amadurecimento do produtor que passou a investir em pesquisa, buscando qualidade. "Estamos usando novos materiais de controle de doença e insetos. Existe uma preocupação muito grande do uso desta nova tecnologia que pode melhorar a produtividade", acrescenta Boschila. 

Outro tipo que tem chamado a atenção dos produtores é o feijão caupi, que tem ciclo de 70 dias, 20 a menos que a do feijão comum. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em março deste ano, só a região de Primavera do Leste, que tem a maior área cultivável do estado respondendo por 50% da produção, plantou mais de 20 mil hectares. "Essa variedade tem uma janela propícia para o plantio após a colheita do milho safrinha e requer pouca água", diz o produtor Flábio Ricardo Pawlina que plantou mil hectares do grão.
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Fonte:
Agrodebate

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