Mais de mil arrozeiros pedem prorrogação de dívidas nos bancos

Publicado em 10/07/2012 17:29
Movimento coordenado pela Federarroz denuncia o endividamento do setor
O movimento de entrega de cartas de pedido de adiamento dos vencimentos dos financiamentos de custeio, investimento e prorrogações de operações das últimas safras, embora simbólico, foi considerado um sucesso pelo presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Renato Rocha. Mais de 1.200 cartas de prorrogação foram entregues nas agências bancárias da zona arrozeira gaúcha, contando as entregas anteriores já realizadas, segundo levantamento da Federarroz, que coordenou o movimento. “A receptividade dos gerentes foi muito boa, pois eles convivem nas comunidades e sabem a dimensão da crise que estes municípios estão enfrentando pela falta de renda das lavouras. Em muitos municípios, o arroz é o principal agente da economia”, revela.
 
“As entidades entraram em contato com as agências, avisando do movimento, que é ordeiro e pacífico. Isso fez com que todos fossem muito bem recebidos”, destaca Renato Rocha. Abaixo os principais municípios que participaram do movimento: Agudo, Alegrete, Cachoeira do Sul, Camaquã, Dom Pedrito, Formigueiro, Jaguarão, Mostardas, Nova Santa Rita, Quaraí, Restinga Sêca, Rosário do Sul, São Borja, São Francisco de Assis, São Gabriel, São Sepé, Santo Antônio da Patrulha, Santa Vitória do Palmar, Uruguaiana, Viamão, entre outros.
 
A Federarroz também negocia com as superintendências do Banco do Brasil, Banrisul e Sicredi em busca da flexibilização dos vencimentos das dividas para final de outubro. “O ideal seria transferi-los, mesmo com os encargos dos contratos em normalidade, para 31 de outubro, assim o Governo teria o tempo necessário para criar a provar o programa”, acrescenta.
 
Para Renato Rocha, a presença maciça de arrozeiros neste movimento dá respaldo aos pleitos do setor e justifica a necessidade de medidas emergenciais. Ele lembra que apesar da safra normal e recuperação de preços do arroz na safra atual, com cotações médias em torno de R$ 28,50 no Rio Grande do Sul, a produção desta safra é insuficiente para atender todos os compromissos do setor acumulados na presente safra, que podem chegar até nove financiamentos no ano de 2012 (custeio 11/12, parte do custeio 10/11, parte do EGF 10/11, custeio de safras anteriores, PRODUSA, investimento 2012, PESA ou Securitização, Fat Giro Rural e Gerati).
 
Atualmente, a dívida da orizicultura chega a R$ 3,1 bilhões. “O setor recebeu do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, a garantia de que após o PAP 2012 iria tratar do assunto, quanto ao Ministério da Fazenda, foi protocolado em 28/06 documento com assinatura do Governador Tarso Genro, das entidades (Federarroz, Farsul e Fetag) e com moção de apoio dos parlamentares federais, Senadores e Deputados Federais, sendo assim, agora só nos cabe esperar o chamado dos Ministérios”, finaliza Renato Rocha.
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Fonte:
Federarroz

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