Plantio de trigo pode ser retomado no Paraná
O primeiro levantamento sobre a intenção de plantio de trigo feito pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, divulgado nesta segunda-feira (04), aponta para um crescimento de 6% na área plantada, passando de 778 mil hectares plantados no ano passado para 825 mil hectares que devem ser plantados este ano. Esse avanço ainda está aquém da média de plantio entre 2000 a 2009, que foi de 1,1 milhão de hectares plantados com trigo no Paraná, informou o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Godinho, do Deral
Na safra passada o produtor conseguiu ganhar dinheiro com o trigo por causa da elevação da cotação do grão no mercado internacional, em decorrência da quebra da safra de grãos norte-americana. A cotação do trigo subiu 15% no mercado externo, enquanto no Paraná essa valorização foi bem maior em função da oferta, bastante restrita no ano passado, com o recuo na área plantada ocorrido em 2012.
O trigo que era comercializado a R$ 23,43 a saca em fevereiro do ano passado, valor considerado pelos produtores como insuficiente para cobrir os custos de produção, subiu para R$ 39,84 a saca, na média do mês de fevereiro desse ano. Segundo Godinho, a área plantada com trigo na região do Mercosul, especialmente na Argentina, será determinante para que os preços mantenham-se valorizados, ou não, em relação ao mercado internacional.
Segundo Godinho, o plantio de trigo não é maior no Paraná porque muitos produtores estão optando por plantar o milho safrinha, que é concorrente no Estado, cuja tendência de mercado aponta para aumento nas exportações. Os produtores apostam no plantio de milho para atender à demanda do mercado internacional, sobrando menos espaço para o trigo.
PREÇO MÍNIMO - As cooperativas paranaenses e os produtores estão solicitando aumento no preço mínimo do trigo para que os produtores tenham mais garantia na hora da comercialização. O preço sugerido é R$ 34,56 a saca, contra R$ 30,06 a saca, atualmente. A preocupação é manter a liquidez para o produtor e consolidar novamente a região Sul do país como grande produtora de trigo.
Na safra passada o Brasil produziu 41% de seu consumo, participação inferior à média das quatro safras anteriores, quando chegou a produzir 50% de seu consumo.
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