IBGE prevê safra de grãos 3,1% maior em 2019

Publicado em 10/01/2019 10:12

O terceiro prognóstico para a safra 2019, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas foi estimada em 233,4 milhões de toneladas, 3,1% acima da safra de 2018, o que representa 7,0 milhões de toneladas a mais. O crescimento deve-se, principalmente, às maiores estimativas de produções do milho (6,9 milhões de toneladas), caroço de algodão (199,7 mil toneladas) e soja (945,6 mil toneladas). Houve declínio da estimativa de produção de arroz (567,3 mil toneladas) e feijão (90,7 mil toneladas). A área a ser colhida foi prevista em 62,2 milhões de hectares, 2,1% maior que a atual safra. Tiveram variação positiva o algodão herbáceo em caroço (17,1%,) a soja em grão (2,1%) e o milho em grão (3,6%). O arroz em casca e o feijão apresentaram variação negativa de 6,2% e 1,8%, respectivamente.

Já a 12ª estimativa de 2018 totalizou 226,5 milhões de toneladas, 5,9% inferior à obtida em 2017 (14,2 milhões de toneladas a menos). A estimativa da área colhida (60,9 milhões de hectares) foi 248,3 mil hectares inferior a de 2017. O arroz, o milho e a soja representaram 93,1% da estimativa da produção e responderam por 87,1% da área colhida. Em relação a 2017, houve acréscimo de 2,9% na área da soja e reduções de 8,3% na área do milho e de 7,8% na área de arroz. Quanto à produção, ocorreram quedas de 18,3% para o milho, de 5,8% para o arroz e acréscimo de 2,5% para a soja.

Regionalmente, o volume da produção apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 101,0 milhões de toneladas; Sul, 74,5 milhões de toneladas, Sudeste, 22,9 milhões de toneladas; Nordeste, 19,1 milhões de toneladas e Norte, 8,9 milhões de toneladas. Em relação à safra passada, houve aumentos de 7,0% no Nordeste e de 0,4% no Norte, e decréscimos de 4,6% no Centro-Oeste, de 11,3% no Sul e de 4,4% no Sudeste. O Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 26,9%, seguido pelo Paraná (15,5%) e Rio Grande do Sul (14,6%), que, somados, representaram 57,0% do total nacional.

Para 2019, o terceiro prognóstico estima safra 3,1% maior que a de 2018

Neste terceiro prognóstico, a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas para 2019 foi estimada em 233,4 milhões de toneladas, aumento de 3,1% em relação ao ano anterior, o que representa 7,0 milhões de toneladas a mais. O crescimento deve-se, principalmente, às maiores estimativas de produções do milho (6,9 milhões de toneladas), caroço de algodão (199,7 mil toneladas) e soja (945,6 mil toneladas). Houve declínio da estimativa de produção de arroz (567,3 mil toneladas) e feijão (90,7 mil toneladas).

Analisando-se os cinco produtos de maior importância para a próxima safra, o arroz (4,8%) e feijão (3,0%) devem ter variações negativas na produção em relação a 2018. Já para a soja, caroço de algodão e milho em grão foram estimados crescimentos de 0,8%, 6,6% e 8,4%, respectivamente. Com relação à área prevista, apresentam variação positiva o algodão herbáceo em caroço (17,1%,) a soja em grão (2,1%) e o milho em grão (3,6%). O arroz em casca e o feijão estão com variação negativa de 6,2% e 1,8%, respectivamente.

ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) – O terceiro prognóstico da safra de algodão em 2019 estimou uma produção de 5,3 milhões de toneladas, 6,6% maior que a de 2018. A área plantada (1,3 milhão de hectares) cresceu 17,1%. O Mato Grosso estimou uma produção de 3,6 milhões de toneladas, acréscimo de 13,7% em relação à safra 2018, devendo responder por 68,9% da produção nacional. Grandes áreas disponíveis, especialização e elevada tecnologia nos cultivos, bem como clima mais estável no bioma Cerrado da Região Centro-Oeste, comparativamente a outras regiões, transformaram o Mato Grosso no principal estado cotonicultor do país.

ARROZ (em casca) – A terceira estimativa para 2019 é de uma produção de 11,2 milhões de toneladas e rendimento médio de 6 369 kg/ha, declínio de 4,8% e aumento de 1,4%, respectivamente, em relação a 2018. O Rio Grande do Sul, maior produtor de arroz do país, deve participar com 71,1% do total a ser colhido em 2019. A produção gaúcha foi estimada em 7,9 milhões de toneladas. Santa Catarina, segundo produtor nacional, estimou uma produção de 1,1 milhão de toneladas, e um rendimento médio de 7 663 kg/ha, praticamente mantendo-se o obtido na safra de 2018.

No Centro-Oeste, o Mato Grosso estimou uma produção de 466,7 mil toneladas, declínio de 7,1% em relação ao ano anterior. Para Goiás, a produção estimada foi de 103,3 mil toneladas, queda de 12,4% e, para o Mato Grosso do Sul, produção de 60,1 mil toneladas, redução de 10,0%. No Nordeste, Maranhão e Piauí estimaram produção de 182,2 e 79,1 mil toneladas, respectivamente, portanto, menores em 12,0% e 27,7% que em 2018. No Norte, Tocantins estimou uma produção de 652,8 mil toneladas, declínio de 1,1% em relação ao ano anterior. Pará, com 104,0 mil toneladas, Roraima, com 54,5 mil toneladas e Rondônia, com 119,1 mil toneladas, completam o grupo de estados rizicultores mais importantes dessa região

CAFÉ (em grão) – A estimativa da produção de café em 2019 é de 3,2 milhões de toneladas, ou 53,4 milhões de sacas de 60 kg, declínio de 10,8% em relação à safra 2018. Para o café arábica, a produção estimada é de 2,3 milhões de toneladas, ou 38,2 milhões de sacas de 60 kg, declínio de 14,9%. A área plantada (1,7 milhão de hectares) apresenta redução de 0,2%. A área a ser colhida (1,5 milhão de hectares) apresenta aumento de 0,3% e o rendimento médio (1.541 kg/ha) foi estimado com retração de 15,1%, em decorrência da bienalidade negativa da safra, pois esta espécie alterna ano de alta com ano de baixa produção. O ano de 2018 caracterizou-se como de elevada produção. Minas Gerais, maior produtor de café arábica do país, com 70,1% do total nacional, estima colher 1,6 milhão de toneladas, ou 27,3 milhões de sacas de 60 kg, declínio de 13,4% em relação ao ano anterior. Outros produtores importantes, como São Paulo e Espírito Santo, também estão apresentando estimativas de produção inferiores às de 2018, com 271,4 e 177,6 mil toneladas, respectivamente. Para São Paulo, estimou-se declínio de 27,4% e no Espírito Santo, 21,2%. Para o café canephora (conillon) foi estimada uma produção de 913,4 mil toneladas, aumento de 1,5% em relação ao ano anterior. A estimativa de produção do Espírito Santo, de 606,9 mil toneladas, apresenta aumento de 2,6%, com o rendimento médio devendo crescer 2,3%. Para Rondônia, a estimativa da produção foi de 143,7 mil toneladas, ou 2,4 milhões de sacas de 60 kg, crescimento de 3,3% em relação ao ano anterior. Na Bahia, outro importante produtor do café conillon, a estimativa da produção encontra-se em 129,6 mil toneladas, ou 2,2 milhões de sacas de 60 kg.

FEIJÃO (em grão) – A terceira estimativa da produção de feijão para a safra 2019 é de 2,9 milhões de toneladas, retração de 3,0% em relação a 2018. A 1ª safra deve produzir 1,4 milhão de toneladas; a 2ª safrauma produção de 1,1 milhão de toneladas e a 3ª safra, 467,4 mil toneladas. A área a ser colhida na safra de verão (1ª safra) deve ser reduzida em 4,7%, comparativamente a de 2018, ou seja, menos 74,7 mil hectares, devendo alcançar 1,6 milhão de hectares, enquanto o rendimento médio deve apresentar declínio de 6,4%, registrando 820 kg/ha. A produção estimada de feijão, na safra de verão, deve ser 10,8% menor que a obtida nesta mesma época em 2018. As áreas de plantio de feijão 2ª e 3ª safras dependem muito dos preços do produto e do clima, visto as lavouras serem muito sensíveis às condições hídricas, notadamente nas fases fenológicas mais importantes, como é o caso do florescimento e enchimento dos grãos. Devido ao ciclo mais curto do feijoeiro, as estiagens e veranicos costumam afetar drasticamente a produção dessa leguminosa.

MILHO (em grão) – O terceiro prognóstico de milho em grão, para 2019, estimou uma produção de 88,2 milhões de toneladas, crescimento de 8,4% em relação ao ano anterior, o que representou um aumento de 6,9 milhões de toneladas. Para a 1ª safra de milho, a previsão é de 26,4 milhões de toneladas, 2,7% maior que no mês anterior (2º prognóstico), crescendo 2,6% em relação ao mesmo período de 2018. Apesar dos preços atuais encontrarem-se em patamares superiores aos praticados na época da decisão de plantio da 1ª safra em 2018, os produtores não devem aumentar muito os investimentos nas lavouras do cereal na safra verão, uma vez que a prioridade de cultivo deve ser a soja, em função da maior expectativa de rentabilidade para a leguminosa. Para o milho 2ª safra, a estimativa da produção é de 61,8 milhões de toneladas, crescimento de 11,1% em relação a 2018.

SOJA (em grão) – A terceira estimativa de produção para 2019 soma 118,8 milhões de toneladas, aumento de 0,9% em relação ao 2º prognóstico, em novembro, e crescimento de 0,8% em relação a 2018. A área a ser plantada com a leguminosa é de 35,6 milhões de hectares, aumento de 0,5% em relação ao mês anterior e aumento de 1,9% em relação a 2018. Na região Centro-Oeste, o Mato Grosso, que em 2019 deve responder por 26,8% do total a ser produzido pelo país, estima colher 31,8 milhões de toneladas, crescimento de 0,6% em relação a 2018, apesar de aumento de 1,9% na área a ser plantada. Goiás, com estimativa de produção de 11,2 milhões de toneladas, aguarda declínio de 1,4%, enquanto que o Mato Grosso do Sul, com 10,2 milhões de toneladas, estimou aumento de 3,6% na produção. Na Região Sul, o Paraná, segundo maior produtor e responsável por 16,3% do total nacional, estima produzir 19,3 milhões de toneladas. O Rio Grande do Sul, terceiro maior produtor da leguminosa, estimou uma produção de 18,6 milhões de toneladas, crescimento de 6,1% em relação a 2018, e 0,3% em relação ao mês anterior. Na Região Sudeste, Minas Gerais, com 5,4 milhões de toneladas, estimou queda de 0,1% em relação ao ano anterior, enquanto em São Paulo, a estimativa da produção, de 3,5 milhões de toneladas, encontra-se 1,6% maior. Na Região Nordeste, destaques para a produção da Bahia, Maranhão e Piauí, estados que, juntamente com o Tocantins (Região Norte), integram o “MATOPIBA”, uma região de acelerada expansão agrícola em decorrência de abertura de novas áreas de plantio no bioma Cerrado desses estados. Bahia, com 4,9 milhões de toneladas, estimou declínio de 20,8%. Maranhão, com uma produção estimada de 3,1 milhões de toneladas, tem aumento de 12,1% em relação a 2018, enquanto que o Piauí, com uma produção estimada de 2,6 milhões de toneladas, tem aumento de 4,1%. Na Região Norte, os destaques foram o Tocantins, Rondônia e Pará, que estimaram produções de 2,7, 0,9 e 1,8 milhão de toneladas, respectivamente.

Destaques da estimativa de dezembro de 2018 em relação a novembro

Em dezembro, destacaram-se as variações nas seguintes estimativas de produção, em comparação a novembro: sorgo (10,9%), uva (9,7%), batata-inglesa 3ª safra (3,4%), batata-inglesa 2ª safra (3,0%), café canephora (1,2%), soja (-0,1%), milho 1ª safra (-0,5%), milho 2ª safra (-0,6%), mandioca (-2,5%), trigo (-6,7%) e batata-inglesa 1ª safra (-8,0%). Com relação à variação absoluta, os destaques positivos ficaram com o sorgo (220.901 t), a uva (141.106 t), a batata-inglesa 2ª safra (34.879 t), a batata-inglesa 3ª safra (34.100 t), e o café canephora (10.896 t). Os destaques negativos foram soja (-94.014 t), milho 1ª safra (-125.165 t), batata-inglesa 1ª safra (141.804 t), milho 2ª safra (-363.231 t), trigo (-378.959 t) e mandioca (-500.066 t).

BATATA-INGLESA – A estimativa da produção brasileira foi de 3,8 milhões de toneladas, redução de 1,9% em relação ao mês anterior. A 1ª safra produziu 1,6 milhão de toneladas, declínio de 8,0%. Minas Gerais, responsável por 25,2% da produção desta safra, reavaliou suas estimativas este mês, informando uma produção de 411,7 mil toneladas, declínio de 25,6% em relação ao mês anterior. Para as 2ª e 3ª safras, a produção estimada alcançou 1,2 e 1,0 milhão de toneladas, respectivamente, havendo aumento de 3,0% e 3,4% em relação ao mês anterior. Contudo, em relação a 2017, houve declínio de 4,1% e 4,6%, respectivamente. Em relação ao ano anterior, a produção brasileira da batata-inglesa apresentou queda de 10,1%. Houve declínio de 9,5% na área plantada e na área colhida, e redução de 0,7% no rendimento médio.

CAFÉ (em grão) – A produção brasileira de café, este ano, foi mais um recorde da série histórica do IBGE. Ao todo, o país produziu 3,6 milhões de toneladas, ou 59,9 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 0,5% em relação ao mês anterior. Em relação a 2017, a produção brasileira de café cresceu 29,4%, em decorrência do aumento de 31,6% na produtividade das lavouras. Clima mais benéfico, aumento nos investimentos em tratos culturais e tecnologia e a bienalidade positiva da safra do café arábica foram os responsáveis pela excelente produção de café em 2018. Com relação ao café arábica, a produção estimada foi de 2,7 milhões de toneladas, ou 44,9 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 0,3% em relação ao mês anterior. Em relação a 2017, a produção do café arábica cresceu 28,6%, em decorrência do acréscimo de 30,2% no rendimento médio.

Em dezembro, São Paulo elevou sua estimativa de produção em 2,6%, acréscimo de 9,5 mil toneladas ao informado no mês anterior. A produção mineira deve alcançar 1,9 milhão de toneladas, ou 31,5 milhões de sacas de 60 kg, figurando como maior produtor do país, com participação de 70,1% do total produzido. O Espírito Santo, terceiro maior produtor, estimou uma redução de 1,2% em sua produção em dezembro. Outros estados importantes na produção do café arábica, Bahia e Paraná, estimaram produção de 108,8 e 56,7 mil toneladas, respectivamente. Para o café canéphora, a produção estimada, de 899,5 mil toneladas, ou 15,0 milhões de sacas de 60 kg, encontra-se 1,2% maior que a do mês anterior. Em dezembro, houve reavaliação da produção do Espírito Santo, sendo estimado um crescimento de 2,0% em relação ao mês anterior. A produção capixaba foi de 591,5 mil toneladas, ou 9,9 milhões de sacas de 60 kg. O estado é responsável por 65,8% da produção nacional. Em relação ao ano anterior, a produção do café conillon apresentou crescimento de 32,0%, sendo que os aumentos mais consideráveis foram informados pelo Espírito Santo (56,0%) e pela Bahia (15,7%). A produção desses estados vem se recuperando nos últimos anos, após ter sofrido drástica redução, em decorrência de longo período de estiagem.

MANDIOCA (raiz) – A estimativa da produção de mandioca foi de 19,4 milhões de toneladas, declínio de 2,5% em relação ao mês anterior. Minas Gerais reavaliou negativamente sua estimativa de produção, com redução de 40,5%. A produção mineira foi estimada em 487,3 mil toneladas. Face aos preços pouco compensadores da mandioca, muitos dos produtores optam por deixar as plantas por mais tempo nas lavouras. Outros estados importantes na produção da mandioca, Paraná (17,9% de participação no total nacional), São Paulo (5,5%) e Rio Grande do Sul (5,0%), também informaram declínios nas estimativas da produção, comparativamente ao mês anterior. No Paraná, a redução foi de 2,5%, sendo estimada uma produção de 3,5 milhões de toneladas. Em São Paulo, houve redução de 1,2%, devendo ser produzidas 1,1 milhão de toneladas. Para o Rio Grande do Sul, a produção estimada foi de 964,3 mil toneladas, declínio de 1,1%. Em relação a 2017, a produção de mandioca declinou 5,9%, em decorrência das reduções de 2,4% da área plantada, de 2,8% da área colhida e de 3,2% no rendimento médio.

MILHO (em grão) – Em relação a novembro, a estimativa da produção declinou em 488,4 mil toneladas, ou 0,6%, tendo totalizado 81,4 milhões de toneladas. Em relação a 2017, a estimativa da produção encontra-se 18,3% menor. Em 2017, a produção de milho do Brasil foi recorde da série histórica do IBGE, quando, então, foram produzidas 99,5 milhões de toneladas. Na 1ª safra de milho, a produção alcançou 25,7 milhões de toneladas. Em relação ao ano anterior, a produção foi 17,1% menor. Preços pouco compensadores, durante a época de plantio, influenciaram os produtores a ampliar as áreas de plantio de soja em detrimento do milho de verão. Em dezembro, Goiás reavaliou sua estimativa de produção. A produção, de 1,6 milhão de toneladas, declinou 7,1%. Na maioria das unidades da federação, houve atraso no plantio do milho 2ª safra, pois a colheita das safras de verão atrasou. Com isso, as lavouras ficaram mais expostas aos períodos de estiagem, sobretudo no Centro-Sul do País. A produção foi estimada em 55,6 milhões de toneladas, cultivadas em 11,6 milhões de hectares. A variação mensal caiu 0,6% na estimativa da produção, em relação ao mês anterior. Os principais ajustes negativos, em termos de volume de produção, vieram de São Paulo (8,1%) e Mato Grosso do Sul (3,6%). Em relação ao ano anterior, a produção de milho 2ª safra encontra-se 18,8% menor.

SOJA (em grão) – Em dezembro, a estimativa da produção caiu 0,1%, resultado de pequenos reajustes nas produções de Tocantins (2,6%), Maranhão (0,1%), Minas Gerais (0,2%) e Goiás (-1,5%). A produção brasileira de soja totalizou 117,8 milhões de toneladas, aumento de 2,5% em relação ao ano anterior. Houve atraso das chuvas, por ocasião da época de plantio da safra verão. Contudo, após sua chegada, as mesmas se firmaram na maioria das regiões produtoras, com exceção da Sul, onde houve restrição das mesmas ao final do ciclo, comprometendo a produtividade das lavouras e, consequentemente, a produção, que caiu 4,5%. Os preços da soja, apesar de retração em dezembro, ainda se encontram firmes, em face da crescente demanda chinesa. Além disso, a desvalorização do Real aumentou a competitividade da soja brasileira.

SORGO (em grão) – A estimativa da produção alcançou 2,3 milhões de toneladas, aumento de 10,9% em relação ao mês anterior. A área plantada e a área colhida apresentaram aumento de 3,8%, enquanto o rendimento cresceu 6,8%. Em Minas Gerais, segundo maior produtor nacional do cereal, com participação de 35,7% do total produzido, a estimativa aumentou 34,0%. Em relação ao ano anterior, a produção do sorgo cresceu 4,8%.

TRIGO (em grão) – A estimativa da produção brasileira foi de 5,3 milhões de toneladas, declínio de 6,7% em relação ao mês anterior. O Paraná produziu, em 2018, 2,8 milhões de toneladas, considerada uma produção boa, apesar da ocorrência de estiagens durante o ciclo e das chuvas durante a colheita. O Rio Grande do Sul produziu 1,8 milhão de toneladas, redução de 16,7%, em relação ao mês anterior. Os produtores também enfrentaram problemas climáticos. Juntos, Paraná e Rio Grande do Sul responderam por 86,2% do total produzido. Em São Paulo e no Mato Grosso do Sul, as estimativas recuaram 9,1% e 7,8%, respectivamente, também em decorrência do clima adverso. Preços pouco atrativos, baixa liquidez e problemas climáticos têm frequentemente afetado a produção do trigo no país. Ainda assim, a estimativa da produção de 2018 está 25,1% maior quando comparada à safra de 2017, ano que o clima desfavorável prejudicou mais fortemente a produção gaúcha e paranaense.

UVA – A estimativa da produção brasileira de uva alcançou 1,6 milhão de toneladas, aumento de 9,7% em relação ao mês anterior. Em dezembro, Bahia e Pernambuco reavaliaram suas estimativas de produção. Na Bahia, o crescimento foi de 63,4%, comparativamente ao mês anterior. A produção baiana de uvas alcançou 75,4 mil toneladas, alçando à quarta posição nacional. Em Pernambuco, segundo maior produtor, a estimativa cresceu para 423,4 mil toneladas, aumento de 34,5% em relação ao mês anterior. Em relação ao ano anterior, a produção de uvas apresenta declínio de 5,2%. No Rio Grande do Sul, maior produtor nacional da fruta, a produção declinou 14,0% em face do clima que, em 2018, não foi tão bom quanto em 2017.

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Fonte:
IBGE

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