Produtor rural precisa se adaptar ao novo ambiente pós-pandemia, diz Federarroz

Publicado em 19/08/2020 10:14
Live que lançou curso em parceria da Federarroz com a ESPM abordou os impactos da pandemia nas estratégias do setor

As adaptações do agronegócio ao chamado "novo normal" foram discutidas na live de lançamento do Curso Avançado de Estratégia e Marketing Para o Agronegócio, que ocorreu na noite desta terça-feira, 18 de agosto. A ação é resultado de parceria da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Foi realizado o painel "Agrotalks: Impactos da Pandemia Global nas Estratégias e no Marketing para o Agro". A mediação foi feita pelo coordenador do Núcleo de Agronegócios da ESPM, Ernani Carvalho da Costa Neto.

O presidente da Federarroz, Alexandre Velho, apresentou a linha da entidade em buscar cada vez mais um sistema de produção. Neste sentido, a gestão ganha importância nos negócios. "O produtor rural precisa ser administrador, agrônomo, biólogo, advogado e ter um olhar mais cuidadoso em relação ao Marketing. Temos um posicionamento muito claro de sustentabilidade, de intensificar esse sistema de produção, que é fundamental para que o produtor tenha um grande ganho de conhecimento. Isto demonstra que esse produtor precisa se atualizar e buscar conhecimento. Os negócios são feitos de pequenos detalhes e muita informação", lembrou.

Em sua fala, o professor da ESPM, Jorge Dietrich, afirmou que em se tratando de estratégia mercadológica, é preciso estar consciente que o ambiente atual está extremamente volátil, complexo e ambíguo. "Por mais que a gente não aguente mais falar de pandemia, como gestores, produtores, condutores de estratégia temos que ter clareza de ver os impactos que isso vai nos deixar. A crise vai deixar marcas e um legado", observou.

Dietrich explicou que é fundamental pensar no macroambiente e nos atores que vão influenciar o negócio. Reforçou que a pandemia causada pelo Coronavírus, apesar de estar no macroambiente natural, tem interferido em macroambientes econômicos, políticos-sociais, sócio-culturais, entre outros. "O imponderável pode acontecer e vai acontecer. Por isso precisamos ter o pensamento estratégico. A mesma tecnologia que nos salvou, será a mesma tecnologia que vai ditar o novo normal. Por isso será importante estar preparado em suas estratégias", salientou.

Já o também professor da ESPM, Fábio Del Cistia, ressaltou que a pandemia demonstrou que por mais que os negócios afinem a sua estratégia, o ambiente muda e é preciso acompanhar as mudanças e tentar entender o que vai acontecer neste ambiente. Avaliou que o agronegócio tem a capacidade de usar a tecnologia e fazer sua produção sem precisar exposição ao vírus, além de ser uma cadeia organizada. "Quando pensamos em agronegócio, em estratégia, precisamos pensar na cadeia e suas relações, com as remunerações em cada elo para que o sistema seja sustentável e eficiente", frisou.

Del Cistia também avaliou que cada vez mais será necessário um aumento da tomada de decisão baseada em agricultura digital. "Estamos passando de um processo de entendimento de aceleração de processo para termos uma empresa totalmente digitalizada", destacou, lembrando também que o produtor foi um dos que conseguiu produzir durante a pandemia assim como o varejo, que tem o poder de proximidade com o consumidor, que abasteceu os centros urbanos sem faltar alimento. "Como agricultor preciso entender como a cadeia vai se comportar. Se houver um problema em um dos elos da cadeia, o problema também será dele", finalizou.

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Federarroz

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