CNA e Farsul debatem cenário da safra de arroz e destacam linha de crédito para comercialização
Representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) destacaram, na quarta (26), a criação da linha de crédito Comercialização da Produção Própria (CPP), do Banco do Brasil, na reunião da Câmara Setorial da cadeia Produtiva do Arroz do Ministério da Agricultura.
Esta modalidade tem ajudado produtores, em especial os de arroz, a obter crédito para estocar a produção e comercializar em momentos oportunos, evitando assim vender a saca do cereal a preços pressionados no período da colheita.
“Essa linha de crédito tem sido de extrema importância para o produtor não precisar vender a sua produção logo após a colheita. Isso ajuda no abastecimento do cereal no segundo semestre do ano”, justificou o representante da CNA no colegiado e coordenador da Comissão de Arroz da Farsul, Francisco Schardong.
O cenário de oferta e demanda de arroz brasileiro em 2021 também foi tema da reunião. De acordo com dados apresentados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), as produtividades das lavouras foram recordes em 2021 e são estimadas em 6.885 kg/há. A produção é a maior das últimas 3 safras, chegando a 11,6 milhões de toneladas.
Segundo a Conab, a demanda para consumo interno de arroz é de 10,8 milhões de toneladas em 2021, enquanto que, para as exportações, a previsão é de 1,3 milhão de toneladas, volume menor do que o observado em 2020.
“Apesar dos desafios no começo da safra, esse cenário deverá garantir uma boa recuperação dos estoques finais em 2021 e a garantia de um arroz de qualidade ao mercado”, disse Fábio Carneiro, assessor técnico da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA.
A Câmara Setorial ainda discutiu uma proposta de estudo detalhada da Embrapa Arroz e Feijão sobre a visão de futuro para a cadeia produtiva do arroz no Brasil.
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