Consultoria americana IHS estima aumento de área para milho e redução para a soja nos EUA
![]()
A consultoria norte-americana IHS Markit trouxe, nesta quarta-feira (15), novas estimativas sobre a área de plantio nos Estados Unidos para a safra 2022/23, alinhado com as demais expectativas do mercado para o novo boletim que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz no dia 30 de junho.
Para a soja, a área estimada foi de 35,91 milhões de hectares (88,735 milhões de acres), contra o último número estimado pelo departamento americano de 36,83 milhões (91 milhões de acres). Já para o milho, a IHS indicou uma área de 36,381 milhões de hectares (90,965 milhões de acres), acima da estimativa do USDA de 36,22 milhões de hectares (89,5 milhões de acres).
As relações entre os preços do milho e da soja começaram a mudar nos últimos meses, incentivando o produtor norte-americano a dedicar mais espaço ao cereal, não confirmando um primeiro cenário trabalhado pelo departamento dos EUA, em que pela primeira vez na história a área de soja poderia superar a de milho no país.
As mudanças que foram se mostrando, todavia, foram alterando o cenário, principalmente na combinação preços e clima. O plantio de ambas as culturas conseguiu recuperar parte do ritmo depois de um atraso identificado no início dos trabalhos de campo, e as condições das lavouras nos dois casos já estão acima do registrado no mesmo período de 2021.
Assim, bem como as revisões de área - os números ainda passarão por quatro ao longo da safra - as questões de clima também ganharão cada vez mais peso neste momento em que são determinantes para o desenvolvimento dos campos de soja e de milho nos próximos meses.
Depois do excesso de chuvas durante a semeadura, o calor que está sendo esperado para os próximos dias no Corn Belt poderia ajudar, ao se confirmar, em algumas regiões.
Segundo explica o consultor de mercado Aaron Edwards, da Roach Ag Marketing, não estão previstas chuvas para a próxima semana no cinturão, porém, as temperaturas deverão ser mais elevadas e assim, as condições não prejudicariam o desenvolver das lavouras. Os mapas abaixo mostram a previsão das chuvas para 13 a 16 de junho e, na sequência, para 16 a 20.
![]()
"Uma semana sem chuva não é o fim do mundo, mas também deverá estar muito quente essa semana. Por hora, grande parte do cinturão tem chuva prevista para de 8 a 15 dias, mas se essas chuvas não chegarem, poderemos ter estresse hídrico em algumas regiões, na minha opinião", diz Edwards. Na sequência, o mapa mostra a média das temperaturas nos EUA de 16 a 19 de junho, mostrando os índices acima da média para o período
![]()
Como explica o consultor, a pergunta que o mercado continuará se fazendo é como as lavouras lidarão com essas condições na próxima semana e se será somente uma semana mesmo neste cenário. "Um olho na lavoura, outro no mercado", afirma o consultor.
0 comentário
Área plantada de feijão no Brasil em 2025 se manteve entre as menores já registradas
Exportações de arroz da Tailândia podem cair até 12,5% em 2026, prevê governo
Retro 2025-Feijão/Cepea: Em 2025, cotações do feijão preto cedem, enquanto os do carioca se sustentam
Federarroz avalia como sucesso os leilões da Conab para escoamento do arroz safra 2024/2025
Do prato ao campo: Como a queda no consumo de arroz e feijão afeta a saúde e a renda do produtor rural
Trigo/Cepea: Preços apresentam movimentos distintos dentre os estados