Trigo: Ocepar pede agilidade nos pagamentos

Publicado em 15/07/2010 11:44
A pedido da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), o deputado Moacir Micheletto (PMDB-PR) reivindicou novamente do Governo Federal que apresse os pagamentos, já empenhados, das Aquisições do Governo Federal (AGF´s) de trigo e milho do estado do Paraná, que alcançam a cifra de R$ 87 milhões. Segundo levantamento da OCEPAR, o governo comprou R$ 63 milhões de trigo e R$ 24 milhões de milho, mas ainda não disponibilizou os recursos.

Nesta quarta-feira (14), Micheletto se reuniu com o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Alexandre Magno, e manteve contatos com ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, com o das Relações Institucionais, Alexandre Padilha e com o chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto de Carvalho, para apresentar o quadro de dificuldades vivido pelos produtores paranaenses. Com o presidente da Conab, o deputado discutiu o apoio para a comercialização de mais 500 mil toneladas de trigo.

A maior preocupação do setor é que o período de vigência dos preços mínimos da safra 2009 de trigo expirou no último dia 30 e cerca de 500 mil toneladas do produto ainda estão em poder das cooperativas e dos triticultores. Com a redução dos preços de garantia, o setor teme que os estoques sejam comercializados bem abaixo dos custos de produção. Por isso, pede que os preços mínimos vigorem por mais 60 dias até o pagamentos das AGFs e escoamento do restante da safra de trigo.

Micheletto informou às autoridades de Brasília que o segmento da triticultura nacional está indignado com a decisão do governo federal que reduziu em 10% o preço mínimo do trigo, medida considerada ilegal e atabalhoada, “justamente no momento em que se finalizava a colheita, o que funcionou como um desestímulo, uma verdadeira ducha de água fria no ânimo dos produtores. Os triticultores estão tão indignados com essa portaria que entidades como a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) está entrando na justiça contra a medida, a portaria interessa mais aos importadores e a indústria nacional de trigo”, explicou o deputado. 

“Estamos todos revoltados com essa redução dos preços mínimos para o trigo, produto considerado de segurança alimentar e que importamos cerca de 50% das nossas necessidades”, ressaltou o deputado. A seu ver, com essa medida fica mais distante a tão desejada autossuficiência. Ele explicou que o trigo mais consumido no Brasil terá um preço de R$ 28,62 a saca e sua produção tem um custo de R$ 32,00 no Paraná. “Veja que absurdo essa decisão que desestimula o produtor brasileiro e valoriza o produto importado”, comentou o parlamentar.  

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Fonte:
AI

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