Indústria acredita na retomada da atividade orizícola no MT
Ele lembra que no passado Mato Grosso produzia muito arroz, mas o produto não tinha qualidade. “Agora produzimos menos, porém com mais tecnologia e qualidade, o que mais interessa ao consumidor exigente”.
Com a descoberta de novas cultivares, Gonçalves lembra que o produtor pode fazer a rotação de cultura. “O arroz plantado em Mato Grosso não é mais para preparar terra, como antigamente, mas para consumo, pois atingiu um ótimo padrão de qualidade”.
Segundo ele, quando se plantava arroz no Cerrado era apenas para “preparar a terra para a soja ou mesmo para o pasto”, e se colhia entre 20 e 30 sacas por hectare.
Ele diz que a produção caiu por causa da redução da abertura de área, pressionada pela questão ambiental. “Se tivermos semente de boa qualidade e adequada ao solo, o arroz nunca vai desaparecer”.
Ele conta que com a queda dos preços e as restrições ambientais, muitos abandonaram a atividade e investiram na soja. “Com a recuperação dos preços e crise mundial do alimento, a cultura está despertando novamente o interesse do produtor”.
“O produtor de arroz está mais consciente e procura plantar usando a melhor tecnologia e as melhores variedades disponíveis. Além disso, o produtor está atento ao mercado e sempre buscando informações atualizadas”.
Ele diz que a cultura do arroz evoluiu muito nas últimas décadas. “Plantava-se o arroz antigamente para colher 20 a 30 sacas por hectare. Hoje, temos um arroz de melhor qualidade e a produtividade saltou para 60 sacas”, conta Joel.
Ele diz que se os preços melhorarem e se a qualidade for mantida, inclusive com a descoberta de novas variedades adaptadas às terras usadas, o arroz nunca vai sair do cenário econômico.
Com estoques reduzidos de arroz e previsão de queda mundial na produção, Gonçalves vê um novo horizonte para a cultura do arroz mato-grossense nos próximos anos.
“O arroz voltará a ficar atrativo e despertará o interesse dos produtores, inclusive daqueles que estão plantando outras culturas e que não estão satisfeitos com os preços”.