Governo pode anunciar medidas para o arroz na terça-feira

Publicado em 25/10/2010 06:47
Demandas serão encaminhadas pela Federarroz. Reunião com ministérios pode definir mecanismos para comercialização do arroz.
Uma reunião na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), na próxima terça-feira poderá determinar o futuro dos preços do arroz no Sul do Brasil. A pedido da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, agendou um encontro conjunto com lideranças arrozeiras, o ministro-adjunto da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Gerardo Fontelles, e do ministro-adjunto da Fazenda, Gilson Bittencourt, no MAPA, às 16h. Em debate estará a grave crise de comercialização do arroz e a necessidade urgente de mecanismos governamentais para dar sustentação ao mercado, hoje com média em R$ 24,88/50kg (casca), segundo levantamento da entidade.

O presidente da Federarroz, Renato Rocha, afirma que a expectativa do setor é de que os três ministros já anunciem medidas efetivas e urgentes para a comercialização do arroz. “As demandas já foram enviadas previamente e são as mesmas que estamos pedindo há meses, portanto a expectativa é de que o governo anuncie na própria reunião”, assegura. Rocha irá ao encontro acompanhado de dirigentes do Irga, Farsul e dos Vice-Presidentes de Mercado, Marco Tavares e da Regional Planície Costeira Interna, Daire Coutinho Neto.

A Federarroz convidou também a direção do Brasil do Brasil para o encontro, pois o banco poderá testemunhar ao Governo as dificuldades enfrentadas pelo Setor Arrozeiro, para quitar o custeio, EGF e financiar a próxima lavoura, fato que levou a instituição a adotar inúmeras medidas ao longo da safra 09/2010, como o adiamento e reescalonamento dos custeios, a antecipação dos EGFs entre outras. “O Banco do Brasil tem sido parceiro, e se não fossem tias medidas o mercado estaria muito pior hoje”, destaca Rocha.

Na última pesquisa da Federarroz, realizada em 22/10 em trinta e três municípios arrozeiros, a média da saca de arroz ficou em R$ 24,88 (31 municípios com preços abaixo PM), portanto quase um real abaixo do preço mínimo de garantia do governo federal, de R$ 25,80/50kg (casca), . “Não há mais argumentos para o governo se esquivar de entrar com os mecanismos de comercialização”, afirma Renato Rocha. Segundo ele, além dessas medidas emergenciais, é preciso construir uma política de comercialização para a safra 2010/2011, que chega em 120 dias.

1.    Os pleitos setor arrozeiro gaúcho para Comercialização safra 2009/2010:

a.     Liberação imediata de R$ 50 milhões em Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) para movimentar 500 mil/t de arroz (base casca);

b.    Liberação imediata de R$ 50 milhões para Prêmio de Risco para Aquisição de Contrato Privado de Opção de Venda (PROP), para a 500 mil toneladas de arroz (base casca);

c.     Liberação imediata de R$ 300 milhões para leilões de Contratos de Opções Públicas, para 500 mil/to arroz (base casca), nos moldes da safra 2008/2009;

d.    Ajustes no Programa de Estímulo a Produção Agropecuária Sustentável (PRODUSA), pois no atual formato nenhum produtor teve acesso aos recursos.

 2.    Volume de recursos e Mecanismos de Comercialização para dar suporte a safra 2010/2011:

a.     Em Empréstimos do Governo Federal - EGF: R$ 700 milhões;

b.    Em Contratos de Opções Públicas: R$ 500 milhões;

c.     Em Prêmio de Risco de Opção Privada - PROP e Prêmio de Escoamento de Produto - PEP: R$ 200 milhões.

d.    Em Aquisição do Governo Federal - AGF e Programa de Aquisição de Alimentos - PAA: R$ 100 milhões;

Volume total: R$ 1,5 bilhões de reais.

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Fonte:
Federarroz

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1 comentário

  • Flavio Schirmann Formigueiro - RS

    É bom saber que está se tentando fazer algo! Já vai completar um (01) ano em Novembro, que ocorreu a enchente em nosso município e até agora não chegou nenhuma ajuda emergencial para os agricultores, com tinha sido prometido.Só veio recursos para a prefeitura fazer política para a ministra Dilma.Não se vê nenhuma obra que ajude quem realmente foi atingido.Quando rompeu a taipa da barragem que usava para irrigar minha lavoura procurei o prefeito, tentando conseguir uma retroescavadeira para ajudar na recuperação da taipa, mas ele me disse que não podia fazer nada pois ele era fiscalizado pelo Ministério Público...Agora que não tem mais como reparar o dano, queria saber onde anda este tal Ministério que não vem verificar a aplicação dos recursos liberados...

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