Feijão sobe mais em Fortaleza
Em âmbito nacional, a elevação no preço do grão preferido da mesa brasileira só foi superior em Belo Horizonte
(43,4%), Campo Grande (40,6%) e São Paulo (35,4%).
Os dados são de levantamento realizado pela GfK, uma das maiores empresas de pesquisa de mercado do Brasil e do mundo. Na Capital, o preço do grão acumula aumento de 107% de janeiro a novembro.
Apesar de contar com o impulso fortalezense, a região Nordeste teve o segundo menor aumento do feijão, com 22% de variação de setembro a outubro. O Norte teve a ascensão mais impactante (28,5%).
O Sudeste, influenciado por São Paulo e Minas Gerais, teve incremento de 26,6% no valor do grão. Na média do País, houve aumento de 23,8%, de acordo com a GfK.
Estabilidade à vista
O gerente de Serviços ao Cliente da GfK, Marcio Nardi, explica que o produto, essencial na mesa do brasileiro, tem apresentado crescimento expressivo ao longo de 2010. "Alguns especialistas acreditam em uma redução no preço do item nas próximas semanas, mas a queda de produção, devido à severa estiagem, além da falta de mão de obra, poderão manter os preços no mínimo estáveis", avalia. As consecutivas altas no valor do feijão ajudaram a elevar a cesta básica da Capital a R$ 208,91, de acordo com dados do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos e Estatísticos (Dieese) divulgados na última quinta-feira.
Preocupação
Apesar do valor da cesta na Capital ser o quinto mais barato do Brasil , o avanço do seu preço preocupa. A variação mensal é a segunda maior do País, atrás do desempenho anotado em Manaus (9,28%).
No Brasil, as cestas básicas mais baratas foram encontradas em Aracaju (R$ 179,78) e João Pessoa (R$ 193,49).