Preço da saca de arroz cai 8% e prejudica produtores de SC e RS

Publicado em 04/02/2011 07:56
O excesso de arroz no mercado brasileiro está provocando queda nos preços pagos aos produtores destes grãos. Somente neste ano, o preço da saca já caiu 8%. Ainda há estoques relativamente elevados nos armazéns do governo e do setor privado e a colheita da nova safra de arroz já inicia no fim de fevereiro.

A importação de um milhão de toneladas de arroz dos países do Mercosul também agrava esse quadro de superoferta. Como reflexo dessa situação, o mercado está pagando de R$ 20,00 a R$ 23,00 a saca de arroz, valor abaixo do preço mínimo fixado pelo governo, de R$ 25,80.

O Brasil cultiva 2,9 milhões de hectares e produz 12,6 milhões de toneladas de grãos, sendo que os dois maiores produtores são Rio Grande do Sul, que responde por 60,9% e, Santa Catarina, por 8,4% da produção nacional.

O arroz é a principal fonte de renda de 8 mil produtores catarinenses, gerando mais de 50 mil empregos diretos e indiretos. O Estado cultiva 150,5 mil hectares e produz 1 milhão e 39 mil toneladas/ano em 60 municípios do Sul, Vale do Itajaí e Norte catarinense.

Definição de estratégias

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de SC (Faesc) adotou uma linha de reação junto aos parlamentares federais e aos ministérios da Fazenda e da Agricultura: quer a retomada dos contratos de opção ou reajuste do preço mínimo do arroz próximo aos R$ 30,00 a saca de 50 kg.

Para definir estratégias conjuntas referentes a esta situação, a Faesc reúne-se com a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) em Camaquã (RS) na próxima quarta-feira (9).

O presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo, se reuniu nesta semana, com um grupo de lideranças do sul do Estado, capitaneadas pelo presidente do Sindicato Rural de Jaguaruna, Rui Geraldino Fernandes e pelo presidente da Cooperativa agropecuária de Tubarão, Dionísio Bressan Lemos com o objetivo do encontro de analisar os problemas do setor e definir ações. "Vamos discutir as alternativas para evitar mais prejuízos aos produtores rurais" comenta Pedrozo.

O presidente da Faesc também antecipou que as entidades do agronegócio programarão um grande ato de abertura da safra nos dias 24, 25 ou 26 com a presença da presidente Dilma Rousseff, ocasião em que entregarão uma pauta de reivindicações, pedindo medidas para reequilibrar o mercado brasileiro de arroz.

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Fonte:
Economia SC

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