RS: Safra cheia alerta para preço do arroz
Segundo o consultor Carlos Cogo, os preços pararam de cair, mas a colheita está apenas começando e será preciso maior interferência pública com mecanismos como o Pepro. "Os recursos são insuficientes, pois podem absorver ou enxugar o equivalente a 11% da safra brasileira ou 30% do excedente do Mercosul", avalia.
Diferente do milho e da soja, cujos preços seguem elevados, o indicador de preços do arroz Esalq/BVMF mostra que o valor médio da saca de 50 quilos caiu de R$ 32,78 em janeiro de 2010 para R$ 22,04 em fevereiro de 2011. As distintas realidades estão na conjuntura internacional. Cogo explica que a Bolsa de Chicago não tem representatividade para o arroz e a Bolsa de Bangkok reflete a situação do mercado asiático. Além disso, o consumo mundial de arroz cresceu só 10,3% na última década, contra 38,8% da soja e 34,5% do milho. "A demanda de carnes cresce mais do que a de cereais."
Além de suporte pesado do governo, uma alta produtividade permitiria melhor situação e rentabilidade, observa o professor Argemiro Brum, da Unijui, embora o produtor também tenha tido um custo mais alto em tecnologia. Outra forma de alavancar o mercado seriam as exportações. O setor quer embarcar 800 mil t. Mas, segundo Brum, a taxa de câmbio é desfavorável. Ele explica que, apesar do preço interno baixo para o produtor, o arroz brasileiro é caro em dólar, o que dificulta vendas, eleva importação, gera excedentes e mantém pressão sobre preços.
0 comentário

Federarroz: Temas estratégicos para a cadeia do arroz estarão em pauta na Abertura da Colheita

Ibrafe: fevereiro começa com preços estáveis e vendas melhores

Lucro trimestral do vendedor de arroz indiano KRBL cai devido a maiores despesas

Compradores de arroz filipinos atrasam 350.000 toneladas de cargas vietnamitas, dizem fontes

Investimentos em logística recém anunciados pelo Governo Federal não terão efeito prático no curto prazo e escoamento da safra 24/25 ainda será sofrida

Noites frias no final de 2024 podem ter prejudicado lavouras de arroz na fronteira oeste do RS