Trigo da Argentina tem W fraco: e agora?
Qual o problema que isto pode trazer?
Uma das maiores necessidades dos moinhos é a regularidade da matéria prima, uma vez que também tem que apresentar qualidade regular da farinha produzida, que, por sua vez, será matéria prima para a produção de produtos finais nas padarias e confeitarias, que precisam “manter a qualidade” como exige o consumidor. Ora, se a qualidade da matéria prima vinda da Argentina caiu, ou está sendo mantida à base de enzimas artificiais, é possível que alguns moinhos decidam importar matéria prima de melhor qualidade, como a que se produz nos Estados Unidos ou no Canadá. Se assim, for, aconselhamos os compradores a colocar suas ordens ou fazer seus hedges antes que os preços internacionais voltem a subir novamente. A diferença entre o preço do trigo brasileiro e o trigo canadense atingiu -32,40% nesta segunda-feira; em relação ao trigo duro americano a diferença foi de -23,58% e em relação ao trigo argentino foi de -10,39%.
FREDERICO DAVILA Buri - SP
Agora garanto que os moinhos não vão botar nenhum defeito no trigo nacional.
Tudo serve e tudo sempre foi bom! É uma vergonha a maneira que certos moinhos se relacionam com o triticultor brasileiro e o governo federal fica amuado e nada faz. Recebem em Brasília o sr. Lawrence Pih e outros figurões da indústria moageira nacional com honras e pompas e só se preocupam com o preço do pãozinho e com o desabastecimento dos estoques de trigo, nem que isso sacrifique a renda de milhares de triticultores brasileiros. São reuniões corporativas e unilaterais, regadas à champagne francês e desfile de carrões importados dos moageiros, enquanto o triticultor padece no campo. Uma vergonha, uma esculhambação!