Setor orizícola solicita mais medidas ao governo federal

Publicado em 29/06/2011 08:55
Deputado Afonso Hamm sugere inserção dos parlamentares no grupo de trabalho proposto pelo governo
Os representantes do setor orizícola e do governo federal estiveram reunidos nesta terça-feira, dia 28, na Comissão da Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, em Brasília. A audiência pública foi proposta pelos deputados Afonso Hamm (PP-RS) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS).

O encontro foi para debater sobre as dificuldades econômicas que enfrentam os produtores de arroz e propor alternativas de política agrícola para elevação dos preços recebidos pelos produtores. Também foi uma oportunidade para avaliar as medidas anunciadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que contempla parte dos pleitos emergenciais do setor.

Conforme Hamm, o resultado dessa audiência será a elaboração de um documento sobre as tratativas apresentadas, com o propósito de fazer encaminhamentos ao grupo de trabalho formado por representantes do governo federal, estadual, produtores e integrantes do Instituto Riograndense do Arroz (IRGA). O deputado também sugeriu a inserção de parlamentares neste grupo técnico para dar celeridade as respostas que o setor precisa e tomar as providências em relação aos mecanismos que ainda não foram efetivados. “Queremos criar todos os instrumentos necessários para dar garantia a produção de arroz”, comenta Hamm ao relatar que o grupo vai discutir ações estruturais para a cadeia produtiva, como o melhor aproveitamento da área plantada, novas destinações para o arroz e alternativas para o setor.

O presidente da Federarroz, Renato Rocha, relatou que as principais reivindicações do setor são o adiamento dos vencimentos de custeio de safra e de comercialização e solução para o endividamento; prêmio de comercialização direto ao produtor; compensação para as importações do Mercosul; manutenção do pacote para comercializar 1,2 milhões de toneladas no Rio Grande do Sul, retirada do arroz destinado à ajuda humanitária para países atingidos por catástrofes (500 mil t), o que abriria espaço nos armazéns credenciados.

Preço do arroz

Os produtores também querem comercializar a produção com o preço mínimo de R$ 25,80 por saca de 50 quilos. “É um produto muito importante, da cesta básica, essencial na alimentação de toda a população brasileira”, assinala o deputado.

Disciplinar a importação no MERCOSUL, ampliar a base exportadora e ajustar os mecanismos para melhorar o fluxo para os próximos anos e para as próximas safras foram algumas solicitações destacadas por Hamm. “Queremos renegociar de forma diferenciada a questão do endividamento dos produtores de arroz, tanto no custeio como em investimentos. A intenção também é de buscar outros mecanismos a exemplo de uma subvenção. “É uma condição de fazer chegar um recurso direto ao produtor de arroz”, acrescenta.

Esse assunto também será tema de reunião nesta semana no Ministério da Agricultura, com o secretário de Políticas Agrícolas, para dar sequência aos temas apresentados na audiência. Também deverá ocorrer um encontro com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

A audiência também contou com a presença do secretário-adjunto da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Alceu Bittencourt; diretor de Política Agrícola e Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Silvio Porto; secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, João Carlos Vaz; presidente do Irga, Claudio Pereira; representante da CONTAG, Elisiário Toledo; presidente da Comissão do Arroz da Farsul e presidente da Câmara Setorial de Arroz do MAPA, Francisco Lineu Schardong; presidente do Sindicato das Indústrias de Arroz do RS (Sindiarroz) e representante da ABIARROZ, Elton Doeler; presidente da Cooperativa Agropecuária de Jacinto Machado e representante da OCESC, Valdir Zanatta. Também estavam presentes os representantes da Confederação Nacional da Agricultura; Associação dos Criadores de Suínos do RS; OCESC; Associação dos Arrozeiros de diversos municípios do país e APEX.

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Fonte:
Federarroz

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