Trigo Nacional para exportação: não há venda de trigo porque russos começam a retomar seu lugar
Acontece que a Rússia voltou com muita sede ao pote, com mais de 15 milhões de toneladas para vender. Já efetuou alguma vendas para entrega a partir de agosto próximo e manifestou a intenção de retomar a competição com os trigos americano e francês junto aos mercados do Norte da África e do Oriente Médio, que dominava antes da quebra das suas lavouras em 2010. Está, inclusive, oferecendo preços mais baixos do que os normais de mercado. O Egito, principal importador mundial e seu maior comprador, já disse que irá aguardar a colheita do trigo russo para ter certeza da qualidade do produto, porque no ano passado devolveu alguns navios por estes problemas e comprou dois lotes dos Estados Unidos durante esta semana.
E o que tem o Brasil com isto?
Tudo, porque os principais compradores do trigo brasileiro na última safra foram os países agora assediados pela briga dos russos x americanos e franceses. Em nossa opinião achamos que não vale a pena entrar nesta briga, mas o que o Brasil deve fazer é procurar outros importadores, um pouco mais ao sul do continente africano e um pouco mais ao sudoeste do continente asiático, que também são grandes compradores de trigo, embora neste último tenhamos a concorrência da Índia, como anunciamos hoje no comentário sobre a Bolsa de Chicago, mas as exportações deste país serão limitadas e haveria espaço para outras alternativas.